Arquitetura da Informação (em Português)

[Irapuan Martinez <ira AT hypergraph.com.br>]

At 15:23 14/12/2004 -0200, Ricardo Almeida wrote:
> Gente.... pode-se questionar qualquer coisa: teorias, discursos, opiniões. 
> Mas fatos são fatos. E os relatórios que tenho acompanhado são realmente 
> IMPRESSIONANTES. E são relatórios bem exatos: retorno financeiro mensal, 
> satisfação de usuário, índices de viralidade (ou boca-a-boca), taxas de 
> aderência.... enfim. Mas repito: não é pela tecnologia, e sim pelo 
> planejamento como um todo. A tecnologia tem o papel de permitir que idéias 
> mais arrojadas saiam do papel.

Uma curiosidade: Como você medem boca-a-boca?


> Concordo que ninguém tem paciência para Eye4U´s - mas RIA não é NADA disso.
> Respondendo a pergunta do Irapuan, em outro mail: RIA é tão simplesmente 
> uma aplicação de Internet com características de aplicações 
> cliente-servidor. Ou seja: pega-se o alcance da Internet e utiliza-se 
> funções que permitem transação na mesma tela.

Conheço outro nome para "interações na mesma tela": Inner browsing. Gmail é 
exemplo disto. Mas isso não exime de complicações de acessibilidade. Gmail 
é usável, mas não é acessível (experimente desabilizar o Javascript ou 
tentar acessar sem utilizar os browsers tido como compatíveis).

Não vejo problema em se processar algo acessando URLs. Bem verdade, isso é 
usável e acessível. Por certo o tempo de resposta fica em função da banda - 
Orkut que o diga. Mas Flash, rodando tudo localmente, depende do 
processamento local. Rodando embaixo do Windows, a coisa pode ser bem 
comprometida.

Logo, inner browsing com Flash ou URLs, tem seus prós e seus contras. Fico 
com as URLs, que adicionam duas coisas nos quais não abro mão: Deep links e 
a possibilidade de abrir o link em novas tabs.

Afinal, navegação concorrente é realidade hoje em dia. É um conceito aonde 
o web designer deve servir conteúdo, e não restringí-lo. Assim, o usuário 
tem a liberdade de fazer com o conteúdo o que quiser. No caso do flash, o 
usuário faz apenas o que o desenvolvedor decidiu que ele poderá fazer. E 
chamam isso de experiência rica.


> Sugiro novamente uma visita ao www.macrocenter.com.br , principalmente às 
> apresentações O QUE É RIA e COMO FUNCIONA. Se tiverem áudio, melhor...

Não tem deep link? Eu sei, é um pedido jocoso. Mas é uma caracteristica do 
meio on line. Dispensa ter que dizer aonde clicar.


> E é importante que se diga que não é necessário comprar o Flex para isso. 
> Flex é uma aplicação que facilita o trabalho, feita principalmente para 
> departamentos de TI de grandes empresas. Mas nós temos feito algumas 
> aplicações em RIA que utilizam, basicamente, Flash, XML e alguma linguagem 
> normal de programação, como ASP, PHP, Java etc.

Até ai, prova que RIA parece um frankstein. Pega-se o ROI da usabilidade, a 
versatilidade do XML, algum server e pimba, it´s alive. Por que chamam de 
RIA o que é um amotoado de soluções que sempre existiram, fazendo parecer 
que o HTML é pobre, eu não entendi.

E nesse frisson, parece esquecer que o formato SWF continua com os mesmos 
velhos problemas que persistem deste o tempo que ele era Future Splash.


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