Arquitetura da Informação (em Português)

["Daniel Martins" <d.d.martins AT uol.com.br>]

> O web design não reside em controlar a experiência do usuário. Reside em 
> disponibilizar a informação, e deixar por conta do usuário que este escolha 
> como a informação melhor o atenda.

Vocês não acham que em determinadas situações é interessante limitar a forma 
como
o conteúdo é disponibilizado ao usuário?

Acredito que em algumas situações seja necessário limitar, até para obter um 
resultado melhor. É o caso
dos infográficos, para um melhor entendimento da informação ela está sendo 
passada conforme o desenvolvedor
decidiu.

É assim no mundo real, em determinadas lojas que entramos você tem total 
liberdade de fuçar, usar, tocar, etc,
mas quantas vezes uma loja assim não deixa a desejar qdo o que queremos é 
uma informação mais precisa. Já em outras,
onde digamos o acesso aos produtos é limitado, pois ao pisar na loja um 
vendedor já te aborda e se você quiser ver algo
deve solicitar a ele, qualquer dúvida que você tiver,teoricamente, de 
imediato o vendedor irá te esclarecer.

Voltando no ex. do zinestore.com.br, falando como cliente do site acho 
extremamente interessante a forma como os produtos são
apresentados, qdo entro lá não estou com pressa, da mesma forma como qdo vou 
a uma livraria, então gosto de olhar item
a item e observar, dentro do possível, cada detalhe do produto. Entendo que 
para o público do site aquela forma agrada muito mais
do que uma livraria tradicional online, de certa forma a experiência de 
navegação foi enriquecida com o uso do flash.

Acho que é isso, que venham as pedradas..

[]'s
Daniel Martins



----- Original Message ----- 
From: "Irapuan Martinez" <ira AT hypergraph.com.br>
To: "Arquitetura da Informação em Português" <aifia-pt AT lists.ibiblio.org>
Sent: Tuesday, December 14, 2004 10:15 PM
Subject: [AIfIA-pt] Re: RIA - Rich Internet Application


At 20:03 14/12/2004 -0300, Daniel Martins wrote:
> Não sei quem conhece o site www.zinestore.com.br aqui, mas acredito que 
> nele o uso do flash foi muito mais explorado e adequado do que no 
> penatrilha.com.br. Vai uma sugestão ao pessoal do Macrocenter para 
> acrescenta-lo em "cases". Talvez esse seja uma referência melhor para a 
> discussão e análises...

Prova que com o Flash, é mais fácil errar do que acertar.

Dia desses minha irmã solicitou uma pesquisa. Queria saber em que data foi
publicada uma certa obra de Hipócrates. Ativei o Google e caí numa URL, com
um design que remetia a 1996. Mas lá constava a informação, sem nem
precisar rolar a tela: 400 a.c.

O sujeito erra em HTML quando elabora demais. Se ele busca a simplicidade,
simplesmente não há como errar. Esta é a grande riqueza do HTML e do CSS.

Flash... Por si só, sem nem consultar o conteúdo ou a abordagem, é um
formato complicado por natureza. Você fica na mão do web designer, o
usuário tem uma experiência restritamente como o web designer assim definiu.

Tal como neste Zinestore. O item "Revista / Novidades" tem 19 itens. Que
você vê um por um, clicando num ">". Em "Livros", o mesmo "Novidade" tem 46
itens! Imagina clicar 46 vezes para olhar toda esta seção?

E cada item permite clicar para saber mais detalhes. Uma forma producente
seria abrir os links em novas janelas (ou quem sabe, nova tabs). Assim,
paralelamente, enquanto navega nos itens, carrega os detalhes dos itens.
Mas estamos falando de Flash. Nele, o usuário tem controle dos links apenas
na medida que o web designer assim o decidiu.

O web design não reside em controlar a experiência do usuário. Reside em
disponibilizar a informação, e deixar por conta do usuário que este escolha
como a informação melhor o atenda. Em acho facinante as extensions do
Mozilla ou os aprimoramentos do Opera, mas quando vai ver, nenhuma delas
envolve com o conteúdo de um site - elas apenas aprimoram a experiência de
navegação do usuário, não aprimoram o conteúdo.

E estas extensões funcionam independente do site, não depende que o web
designer mova alguma palha para coisas como o indispensável mouse gestures
funcione. Precisa apenas, novamente, não complicar.

A experiência verdadeiramente rica está na simplicidade.

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Ao responder, elimine o texto não essencial
de mensagens anteriores e evite formatação.

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