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Subject: Arquitetura da Informação (em Português)
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- From: Luiz Paulo Pedrosa <luiz.pedrosa AT gmail.com>
- To: Arquitetura da Informação (em Português) <aifia-pt AT lists.ibiblio.org>
- Subject: Re: [AI] Relatório Estratégico de AI
- Date: Fri, 27 Nov 2009 14:17:51 -0200
Rafael. Aqui em BrasÃlia também ja trabalhei em fabricas de software e na minha opinião temos espaço sim para introduzir esta documentação, até porque alguns processos de desenvolvimento de software ja prevem a parte de interface, no processo Rational da IBM, o RUP, ja existe uma parte voltada a construção de protótipos e telas de interfaçe com o usuário (http://www.wthreex.com/rup/portugues/process/workers/wk_uides.htm) e alguma documentação tambem. Eu mesmo ja cansei de escrever documentos de Interface com o usuário para aprovação(só em alguns casos), versionamento e acompanhamento durante o projeto, e tive experiência que, se estes documentos tivessem sido sempre aprovados formalmente pelos clientes, terÃamos muito menos problemas em alguns projetos.
Então usando essa "deixa" do RUP, pode ser incluido através de análise de ROI e cases de redução de horas (um cronograma bem feito de desenvolvimento de software pode facilmente identificar isso) para prototipação de telas ou ajustes solicitados pelo cliente (retrabalho) depois que as telas estão prontas e aprovadas por exemplo.
Atenciosamente,
Luiz Paulo
55 61 - 8412 6313
_________________________________________________________________
Design é uma atividade técnica e criativa relacionada não
apenas com o produto de imagens, mas com a análise, organização
e métodos de apresentação de soluções visuais para problemas de comunicação.
2009/11/27 Rafael Xavier <rafaelxavier AT gmail.com>
Estou na mesma linha do Roberto...
Sou designer e hoje trabalho com analista web em uma multinacional de TI. Siglas como AI e UX não fazem parte deste contexto na maioria das empresas deste ramo mas ainda bem que algumas já mudaram isso (vide o último EBAI).
No meu caso, tento mudar a cultura de como são produzidos os projetos mas é complicado quando os gestores são antigos e com mais de 20 anos no mesmo emprego, ou seja, amarrado às tradições antigas de TI. Isso caiu como um pedra na minha cabeça quando fiz um curso de Gerência de Projetos na PUC-RJ e me fez mudar a estratégia sobre a importância de AI aqui dentro.
O que faço é explicar o ROI em AI/UX em cima dos constantes retrabalhos gerados por má definição de requisitos e péssima programação sem dar importância a interface. Por conta disso eu sempre participo do levantamento do projeto e a duras penas consegui que nada fosse pra desenvolvimento sem antes eu avaliar as funcionalidades, interfaces e casos de uso. Recentamente fizemos um paper prototype que depois foi para o PhotoShop. O case foi apresentado ao cliente, não teve ajuste e entrará em desenvolvimento em breve!
Como falou o Roberto, temos uma visão macro do projeto por atuar em diversas frentes o que eu acho ideal para AI. Todos os documentos de Caso de Uso, Regras de Negócios e Interface ficam documentados num servidor Clear Case onde todos tem acesso. Entregável especÃfico de AI nós não temos, mas temos tudo documentado desde o levantamento, passando por interfaces, protótipos e finalmente a produção.
Abraços
Rafael Xavier2009/11/27 Renato Monteiro <renato.renatomonteiro AT gmail.com>
A propósito, ficou faltando responder à pergunta inicial:
Sempre que estou alocado em um determinado projeto, "exijo" sempre que entreguemos pelo menos uma mÃnima documentação para que esta seja utilizada como referência ao longo do desenvolvimento do projeto.
[]'s
Renato Monteiro2009/11/27 Renato Monteiro <renato.renatomonteiro AT gmail.com>Bom dia, pessoal,
tenho a impressão de que a realidade não nos tem permitido trabalhar da melhor maneira. Eu fiquei em dúvida em relação à colocação do Gino, quando ele diz que o porte do projeto influenciaria na importância do entregável. Qual seria o porte mÃnimo que justificaria desenvolver um entregável? Minha opinião, e devo dizer que estou iniciando na área agora, é que a abordagem dentro da empresa deve ser em termos de negócio. Infelizmente, se quisermos ver alguma mudança na mentalidade dos empresários, devemos assumir um comportamento gestor e mostrá-los, em linguagem de negócios, a capacidade que um projeto de AI tem de retornar resultados.
Esta abordagem levanta uma questão: será que temos a capacidade de fazê-los entender as nossas atribuições? Será que sabemos mostrá-los a utilidade que a AI pode ter enquanto ponto estratégico dentro do negócio? Ponto este que justificasse investimento?
Em tempo, sou designer por formação e hoje trabalho em uma empresa de TI onde, como que em um exercÃcio diário, tento fazer com que as equipes entendam a capacidade que investimentos nesta área têm de retornar ganhos financeiros à mesma. Parece-me que se não abordarmos a questão deste modo, falando em cifras, levaremos muito mais tempo para mostrar o valor do nosso trabalho. E só com esta valorização é que teremos incluÃdo no budget de um determinado projeto o referencial ao desenvolvimento da AI. Restrinjo-me apenas à AI pois é o tema central do forum, mas o mesmo se aplicaria a testes de usabilidade, ergonomia de interfaces, design, etc (ainda acho que tudo isto está extremamente interligado...)
Abraços,
Renato Monteiro2009/11/27 Luiz Agner <luizagner AT gmail.com>Interessante o depoimento dos colegas que se manifestaram. Mais interessante ainda as pessoas da lista terem pouco a dizer em se tratando de um entregável considerado o mais importante da Arquitetura de Informação.
Lembro que o Relatório é a ponte entre a fase de Pesquisa e a fase de Projeto. É o quadro conceitual de alto nÃvel para estruturar e organizar o website, e dá a orientação e o escopo para as fases mais detalhadas e caras da AI – Projeto e Implementação.
abs,
Luiz Agner
2009/11/26 Fernando Lima <fernandolimajr AT gmail.com>Pessoal,Antes de tudo preciso concordar com o Anderson Sales. É este tipo de tópico, iniciado pelo Agner, que tanto estava fazendo falta a meu ver.Concordo, assim como o Bernardo e o Rafael, sobre uma abordagem estratégica multidisciplinar, ainda mais quando se trata de um projeto de grande porte (e aqui, cabe uma discussão pra esclarecer critérios). Eu só não seria tão determinista nem definiria tão nitidamente as atribuições do arquiteto de informação. Não querendo desviar do assunto principal, bem sabemos que atualmente o tÃtudo do cargo "arquiteto de informação" abrange, quase sempre, mais do que arquitetura de infomação. Penso que o tÃtulo deveria ser mais abrangente ou as equipes maiores e mais especializadas, mas esta parece ainda uma realidade distante.Trabalhei com o Gino e posso dizer que um dos maiores esforços foi tentar influenciar no processo de desenvolvimento definido, com o objetivo de incluir as questões estratégicas e de planejamento. Isto já seria um grande passo. Subdividimos uma macro etapa Estratégia em diversos planos, de acordo com o escopo e particularidades do projeto, como plano de AI, Usabilidade, SEO, e assim por diante.ÂDe qualquer forma, mesmo não gerando um entregável, adoto a prática de registrar todas as questões estratégicas que consigo.ÂAbs,
--
Fernando Lima
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