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aifia-pt - Re: [AI] Relatório Estratégico de AI

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Subject: Arquitetura da Informação (em Português)

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  • From: Fernando Lima <fernandolimajr AT gmail.com>
  • To: Arquitetura da Informação (em Português) <aifia-pt AT lists.ibiblio.org>
  • Subject: Re: [AI] Relatório Estratégico de AI
  • Date: Mon, 30 Nov 2009 12:13:41 -0200

Oi Luiz,

A Paola Sales sempre fala sobre o trabalho de formiguinha que o profissional de AI deve desempenhar. Acredito que seja por aí. Um arquiteto tem que sempre estar se atualizando, estudar e educar o mercado incipiente em que atuamos com relação ao papel estratégico da disciplina.

Fico surpreendido, não especificamente pela ignorância com relação ao plano de AI, mas também com relação à, muitas vezes, não existir um plano de projeto que esteja ligado com o de negócio. A "empresa digital" que se propõe a oferecer um serviço estratégico de desenvolvimento de um sistema de informação e interação, deve ter uma postura crítica em relação aos anseios e expectativas do cliente para elaborar um plano, antes de tudo conceitual e aí sim tecnológico.

Respondendo à sua pergunta, acredito, infelizmente, que a AI ainda nem tenha sido vista pelo mercado como uma atividade estratégica para deixar de se-la. Esta é um dos meus trabalhos "de formiguinha". 

Abraços!

Fernando


2009/11/30 Luiz Agner <luizagner AT gmail.com>
Oi, Ale.

Copiei e coloquei o que você disse aqui em baixo para manter o tracking.

Aqui no meu blog eu coloquei uma apresentação sobre o Relatório de Estratégia de AI que fiz para as minhas aulas. Acho que é interessante o pessoal da lista dar uma olhada, pois está baseado no que diz o Urso Polar. É um resumo do capítulo.
http://www.agner.com.br/2009/11/30/desenvolvendo-o-relatorio-estrategico-de-ai/

Nada é obrigatório ou canônico, e cada contexto é específico sim. Eu respeito a posição de cada um, só acho curioso perceber que o entregável que é apontado como o mais importante pelo livro que é a bíblia no assunto e pelos autores que cunharam a expressão AI é completamente ignorado no nosso mercadinho tupiniquim.  E quando é feito, morre nas gavetas...

Fica a pergunta - Será que no Brasil a Arquitetura de Informação deixou de ser uma atividade estratégica?


Agner


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Luiz Agner,  D.Sc.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística / IBGE
Escola Nacional de Ciências Estatísticas / ENCE
Escola Virtual IBGE - http://escolavirtual.ibge.gov.br

UniverCidade  /  Escola de Desenho Industrial
Instituto de Artes Visuais  /  IAV
http://www.univercidade.br/iav/index.html

MSN: <agner_ead AT yahoo.com.br>
Gmail: <luizagner AT gmail.com>

Blog:  http://www.agner.com.br
CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/2328427339458925

Conheça o livro:
"Ergodesign e Arquitetura de Informação: Trabalhando com o Usuário"
Ed. Quartet, 2006  -  ISBN: 858569680X
Disponível nos sites das livrarias: Museu da República, Saraiva,
Submarino, Ed. Quartet, 2AB e Cultura
http://www.univercidade.br/iav/professores_agner.htm
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de    ale nahra <alenahra AT gmail.com>
responder a    "Arquitetura da Informação (em Português)" <aifia-pt AT lists.ibiblio.org>
para    "Arquitetura da Informação (em Português)" <aifia-pt AT lists.ibiblio.org>
data    27 de novembro de 2009 17:45
assunto    [AI] Relatório Estratégico de AI
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Os dois assuntos da semana refletem bem a situação atual da lista: enquanto uns pensam estrategicamente, outros desenham e colam quadradinhos :) (nada contra os quadradinhos e quem gosta deles, também achei a régua uma fofura)

Mas falando sério. Também tenho dificuldade em "vender" a estratégia nos projetos em que participo. Com entregável ou sem. O documento que o Agner chamou de Relatório Estratégico de AI é, possivelmente, a coisa que mais gosto/quero/sei fazer. E sempre faço, nem que seja só para mim - porque ajuda a organizar o meu pensamento. Não consigo pensar em elementos de página e interações se não faço o que eu chamo de "definição conceitual", que começa com resultados da etapa de pesquisa, passa por públicos, objetivos do site, estratégia e como ela será refletida na interface.

Na maioria das vezes, eu procuro conseguir o "aceite" do documento e do conceito delineado ali, pelo cliente. Então, o documento segue para a criação - que não dá a menor bola. E daí meu documento querido morre esquecido na gaveta.

Hoje em dia estou tentando simplificar este entregável. Não é isso que o cliente quer ver, ele quer ver o site pronto. Não interessa o blablabla para chegar até o produto final. A criação não tem tempo para docs de dezenas de páginas, então estou resumindo em uma apresentação curta. E, para os programadores, o que interessa é a especificação e o protótipo.

Quais documentos produzir e o que entregar depende - do público e do projeto. É o que eu acho.


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2009/11/28 Edyd Junges <edyd.junges AT gmail.com>

Realmente, depende do projeto.

Projetos maiores, para um bom andamento, necessitam de mais documentação para que os objetivos não sejam distorcidos
Precisa-se de uma linha a seguir, um planejamento bem feito

E mesmo projetos menores precisam de um mínimo de documentação, porém o que ocorre é que geralmente não é dado
o prazo suficiente para criar a documentação, então sobra duas alternativas: ou você faz fora do horário de expediente ou entrega só o essencial. Daí depende de várias questões pessoais que não convém se discutir, mas me parece claro que projetos menores tendem a ter uma documentação bem escassa.

Abraços,
Edyd Junges

2009/11/28 Leticia Cianconi <lecianconi AT gmail.com>

Olá Fernando.

Como eu disse: depende do projeto. Nem todos os projetos exigem este tipo de documentação para ser entregue ao cliente. Mas não quer dizer que não seja feita (eu particularmente acho difícil fazer um projeto sem essa estratégia, para não falar impossível). Creio que a metodologia para fazer isso varie bastante de profissional para profissional - uns devem fazer uma análise competitiva, receber o briefing do cliente ou do atendimento da agência (cujos dados podem variar do zero a documentos mais completos), analisar métricas, necessidades e objetivos do projeto etc etc etc. A questão central, que tem de ficar claro aqui é: se alguém se propõe a fazer AI, isso faz parte do processo, não importando se o que vai aparecer é um protótipo navegável com especificações funcionais e defesas ou o que quer que seja.

Mas continuo com minha linha - não creio que este documento seja mais importante que qualquer outro. Falar que esse documento é mais importante seria, ao meu ver, o equivalente a falar que num planejamento, a análise e visão do cenário e do mercado são mais importantes que as ações e idéias criadas para o projeto.

Abs
Leticia

2009/11/28 Fernando Lima <fernandolimajr AT gmail.com>
Oi Letícia,

Concordo com o que você escreveu. Um questionamento e consideração sobre o seu último parágrafo:

- Quando falamos em um projeto longo, como um site que está sendo reformulado ou sendo feito do zero, os documentos complementares se fazem mais necessários. Em projetos menores, como melhoria contínua de sites e outros projetos digitais como mobile, hotsites para campanhas etc, um sketch pode ser o entregável final, baseado em conversas ou em uma reunião, por exemplo, sempre levando em conta o escopo, o prazo, o tipo de cliente, o grau de entrosamento da equipe envolvida etc. Em determinados projetos, o entregável pode ser uma análise competitiva, uma avaliação heurística ou um QA. Seja qual for o caso, isso não significa, de forma alguma, que o objetivo final, que é o projeto no ar com qualidade e atingindo os objetivos definidos, será menos estratégico do ponto de vista do negócio ou levará menos em conta a UX. 

Mesmo em projetos menores, a definição de objetivos e métricas de sucesso não deveria ser registrada e um entregável? Por exemplo, em uma Análise competitiva, esclarecer porque ela será realizada é fundamental para estabelecer critérios e objetos de análise. Talvez o termo entregável carregue um "peso" de aspecto extremamente formal, pois muitas vezes estão atrelados aos pagamentos.

Abraços,

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Fernando Lima
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