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aifia-pt - Re: [AI] novo globo.com

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Subject: Arquitetura da Informação (em Português)

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  • From: "Eduardo Loureiro" <contato AT eduardoloureiro.com>
  • To: "Arquitetura da Informação (em Português)" <aifia-pt AT lists.ibiblio.org>
  • Subject: Re: [AI] novo globo.com
  • Date: Mon, 3 Sep 2007 10:36:45 -0300

Como vai Fabiano?

Eu concordo com parte da sua colocação, pelo seguinte, no seu raciocínio você generaliza como se todos os benchmarks tivessem o propósito da cópia, mas ao mesmo tempo você explica que cada caso é um caso e o benchmark tem a sua função específica. Acho que o caminho é mais por esse lado, não se trata de banir a técnica de benchmark, mas de saber usa-la e com critério. Benchmark não passa de uma ferramenta, que como qualquer outra pode ser usada para o bem ou para o mau. O benchmark assim como outras técnicas de coleta de dados é muito importante e nada mais é que uma análise de mercado, do que já existe e como existe. É a partir daí que as novas soluções, ai sim voltadas para as necessidades específicas dos clientes são criadas e pensadas, concorda?


abra...


--
Eduardo Loureiro
www.eduardoloureiro.com



Em 02/09/07, Fabiano Figueiredo <fabianosfigueiredo AT gmail.com> escreveu:
Opa Moisés,

Concordo com você quando falamos em perceber ações dos concorrentes, mas pergunto a todos: como o google faz benchmark? De quem ele tirar as idéias mirabolantes?

Sou absolutamente contra o benchmark a não ser que ele analise ações de concorrentes afim de entender o mercado afim de produzirmos algo melhor. MAS como na prática a teoria é outra, não é bem assim que funciona em muitas empresas. Infelizmente quando você fala em uma reunião que vai inovar, a palavra é entendida por muitos como fazer algo que a própria empresa nunca fez, e não algo que nunca foi feito. (fazer algo que nunca foi feito da trabalho demais e é muito mal visto por funcionários que precisam de pressa.. fuen fuen fuen....)

Na AI enchergo o benchmarking como algo a ser banido. Cada caso é um caso e deve ser analisado como único. Metodologias estão sendo documentadas, criadas e compartilhadas. (um exemplo é nossa lista). Se é preciso fazer um benchmark de uma AI, já começamos errado.  (gente, esta é minha humilde opinião e levo isso comigo cravado no coração. Tenho horror a benchmarking devido a consequências quase que inevitáveis)

Coincidentemente, acabei de ler em uma matéria da revista PEGN, numa coluna de nome "como fazer melhor", uma informação sobre benchmarking que repasso para vocês agora:

"... Cuidado com o Benchmarking

Todos os erros citados ainda se repetem muito pelo mundo afora por causa de uma palvra que se tornou moda nas esferas corporativas e que Pfeffer abomina: benchmarkeing. A prática de copiar o que os outros fazem costuma trazer, no máximo, resultados medianos, nunca surpreendentes, segundo ele. "É um perigo. É como se um médico não fizesse o diganóstico de um paciente e adotasse um procedimento cirúgico que deu certo para outra pessoa com sintomas parecidos." O consultor diz que poucas empresas, como Google e Apple, conseguem ser realmente inovadores porque vão muito além da reprodução das ações dos concorrentes. "Elas seguem um caminho próprio, como faria  o médico que se baseia em um diganóstico detalhado, personalisado".

..."

PEGN -  Agosto de 2007 - Pág. 99


Enfim, ainda posso citar algumas outras empresas Brasileiras, que conseguem trilhar seus próprios caminhos sem buscar informações de benchmark, por outro lado, outrás várias empresas que simplesmente conseguem se desenvolver suficientemente e que utilizam o tal sistema.

Moisés, pessoas... para quem leu até aqui, é importante saber que, se for utilizar, o benchmark pode ser uma ótima ferramenta, mas para fins específicos. Tomem cuidado com tendências. O processo mais importante de uma AI, é fazer a empresa cumprir seus objetivos. Portando um benchmark não ajuda muito. Só se for para superá-los. Fazer um benchmark para igualar e dizer que fez bem feito é o mesmo que não fazer nada pelo crescimento do seu cliente ou empresa. A análise diacrônica, como disse o moisés, é bem mais interessante. É capaz de captar a essência do seu público pelo objetivo da empresa/cliente.


Cordialmente,
Fabiano.



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