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aifia-pt - Re: [AI] Campanha para eliminar os browser antigos do mercado

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Subject: Arquitetura da Informao (em Portugus)

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  • From: João Vagner - IW2 <joao AT iw2.com.br>
  • To: Arquitetura da Informação (em Português) <aifia-pt AT lists.ibiblio.org>
  • Subject: Re: [AI] Campanha para eliminar os browser antigos do mercado
  • Date: Mon, 12 Jan 2009 16:05:11 -0200

Tenho que discordar dos hacks, muitas vezes é necessário, e é um mal que não faz tanto mal assim, no resto estou de acordo. ;)

João Vagner
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From: "fernandobellentani" <fernandobellentani AT uol.com.br>
Sent: Monday, January 12, 2009 3:29 PM
To: <aifia-pt AT lists.ibiblio.org>
Subject: Re: [AI] Campanha para eliminar os browser antigos do mercado

Boa tarde,

Li o material enviado sobre os browsers antigos, entrei no site da “campanha” e, devido às idéias similares compartilhadas por algumas pessoas sensatas vou poder ser curto.

1) Acredito piamente que quem tem que se preocupar com os navegadores e sua compatibilidade não deve ser o usuário. Se 5% do mercado usa esses navegadores e vai limitar as idéias super-geniais de desenvolvedores egomaníacos, então na verdade o problema não é com o cara que acessa a página. A funcionalidade pode ser removida, mas o essencial deve ser sempre mostrado (Internet ainda tem duas frentes, informação e interface de software – em corporações você pode exigir hardware mínimo, no mundo externo e real não);

2) Essa campanha é furada. Eu sou contrário a ela. Em um mundo utópico todos usariam o mesmo OS, o mesmo navegador e teriam as mesmas idéias – e seríamos todos um bando de ostras sem capacidade de pensar diferente. Diferenças devem ser absorvidas pelos desenvolvedores e tratadas como oportunidades para aprender padrões que facilitem o trabalho de quem está nos bastidores – mais uma vez, o usuário é inocente;

3) Não é necessário usar hacks, não é preciso fazer super scripts em Java ou qualquer outro ritual oculto de magia negra (as virgens e as cabras estão salvas, por enquanto), basta fazer um bom planejamento do que é conteúdo e o que é funcionalidade – vocês ficarão assustados em descobrir que 90% do que a gente usa na internet hoje pode ser considerado “frescura” (porque nos acostumamos com algumas coisas que de fato não são necessárias para a execução das tarefas essenciais – tentem usar o Gmail no modo HTML simples, verão que funciona, só vai ser mais “chato”);

4) Se você projeta uma casa bem desde a planta, não vai ter que fazer adaptações esdrúxulas no final. Respeite normas, padrões e tenha um projeto organizado – no final você irá perceber que não custou muito mais e o investimento se paga muito rápido (porque trás benefícios não esperados, tais como aumento de performance, documentação, facilidade na padronização, etc.);

5) Isso é uma lista de AI, creio eu, e não de HTMLzição, padrões e afins. Como o assunto acaba sendo de interesse do pessoal, acho relevante, mas já que as pessoas de AI normalmente costumam pensar em usabilidade, creio que a visão deveria ser: “usuário primeiro, se o produto custa mais caro por conta disso, faz parte do processo - coloca na conta”. Afinal, o que seria dos profissionais da área se as empresas ainda determinassem os paradigmas de informação e deixassem a preocupação com o aspecto humano para lá? (Resposta: não existiriam profissionais de AI.)

Até.

Fernando Bellentani
Designer web/gráfico, AI e entusiasta de acessibilidade
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