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aifia-pt - [AI] RES: RES: RES: definições de AI

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Subject: Arquitetura da Informao (em Portugus)

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Chronological Thread  
  • From: "Charlley dos Santos Luz" <charlley_luz AT conectt.com.br>
  • To: Arquitetura da Informação (em Português) <aifia-pt AT lists.ibiblio.org>, Arquitetura da Informação (em Português) <aifia-pt AT lists.ibiblio.org>
  • Subject: [AI] RES: RES: RES: definições de AI
  • Date: Wed, 31 Oct 2007 13:51:58 -0200

Olá listeiros


A frase, “só os tolos veneram suas ferramentas” é de Dee Hock, Fundador e CEO
emérito da Visa. Aplica-se aqueles que acham que os ambientes digitais são um
fim em si mesmo. A utilização dela é para sempre lembrarmos que existem
pessoas por trás da tecnologia, dos processos e dos objetivos de quem mantem
sites.

Enfim, acho que AI tem muito mais a haver com organização de informação do
que com desenhos de mídias. Porém isso é uma posição pessoal, que já defendi
em congressos e em artigos, é só jogar no google para ver :-)

Comunicação: emissor - mensagem - receptor.
Hoje na web falamos em relacionamento e participação.
Para mim, sites não são veículos de comunciação (alguns podem até ser, porém
tem os dias contados), antes são ambientes, onde as pessoas se relacionam com
conteúdos, dados, entretenimento, etc...
A propria "midia" - que medo dessa palavra - está mudando. Esperem para ver a
televisão digital...

Mas como a discussão não é quem gosta do verde e quem gosta do azul, acredito
que a AI comporta essas visões e enquanto o mercado comprar idéias como as
quais estamos falando, por mim tudo bem. Já que pelo jeito, chegarmos a uma
conclusão única sobre AI seria impossível.


[]s



________________________________

De: aifia-pt-bounces AT lists.ibiblio.org em nome de Cassiano > Matriz [listas]
Enviada: qua 31/10/2007 10:50
Para: Arquitetura da Informação (em Português)
Assunto: Re: [AI] RES: RES: definições de AI


On 10/30/07, Daniel Ribeiro < danielmeloribeiro AT gmail.com
<mailto:danielmeloribeiro AT gmail.com> > wrote:

... uso ... do termo mídia... mais dúvidas do que respostas...


Olá, Daniel e AIs,
Vc levantou um ponto muito importante. Essa palavra mídia, no português pelo
menos, assume sentidos variados, dependendo do contexto. É como a palavra
"direito": no contexto de uma decisão de vestibular, "faça direito" é a
orientação da mãe diante da indecisão da filha por um ou outro curso; no
contexto da bronca da mãe, "faça direito" assume outro sentido.

Vc entendeu certo. O sentido que uso é o de "veículo de comunicação". Os
profissionais de mídia das agências de publicidade usam o termo "mídia" para
identificar todos os canais de inserção publicitária ou promocional. Mídia é
o espaço nos classificados do jornal, no rádio ou no " busdoor", os cartazes
em ônibus. E tem tb a definição que vc trouxe, que retomo a seguir. "Veículo
de comunicação" ou "espaço publicitário" são termos muito grandes. Então,
ficou comum um discurso em português citar a palavra "mídia" de acordo com
suas necessidades e conveniências.

Alguns comentários a mais, sem aprofundar a definição da Lúcia, para manter o
foco da lista:



... reconheço a importância e o papel da tecnologia (mídia) nos
processos comunicacionais. Por outro lado, prefiro estudar e compreender a
função do Arquiteto de Informação além
do contexto editorial.


A definição da Lúcia dá margem ao esse entendimento de que "mídia" é um
suporte tecnológico qualquer, como vc usa acima. Vejo na definição dela
algumas questões sutis, que fazem diferença. Suportes e tecnologias
diferentes implicam resultados editoriais diferentes, linguagens diferentes,
tratamentos e possibilidades diferentes. Jornal, revista, rádio, tevê e web
podem fazer as mesmas coisas, mas de forma diferente, cada um à sua maneira.
Mesmo a web o desktop pode coisas que no celular não se aplicam.

Vejo mídia (o veículo de comunicação) como um produto. Nesse momento,
linguagem e suporte são coisas inseparáveis. Por isso, valorizo tanto o DI.



Quem é o editor do Delicious? Do Flickr? Da Wikipedia? Eu não acho
que
a internet se restringe às aplicações editoriais. ...


Vc tem toda razão e em todo momento deixo isso claro. Nem tudo na internet
tem foco editorial, mas o que tem foco editorial deve ser tratado como tal.
Esse é o ponto.

Delicious e Flickr são serviços, não? Não atendem àquela tríade que proponho
para definir um veículo de comunicação: segmentação-edição-periodicidade.

O Wikipedia é uma enciclopédia, um ambiente não-editorial por definição: lá,
todos os assuntos são iguais, não há a "vontade política" do editor, o motor
de todos os veículos de mídia, em qualquer situação.

(Esclarecimento oportuno: uso "editor" no singular, mas o sentido é sempre em
função da metodologia de decisão e organização. Claro que esse sujeito não
trabalha no vácuo e raramente trabalha ou decide tudo sozinho.)



... por outro lado, ao pensar dessa forma, não exploramos todas as
possibilidades oferecidas pela interatividade, colaboração, personalização e
socialização da informação que a
internet nos proporciona, qualidades únicas e particulares na história
das mídias....


Esse é outro ponto que gera muita confusão, penso eu. Um site que decida
relacionar notícias com base no voto popular está tomando uma decisão
editorial nesse sentido. Feita essa decisão estratégica, o voto do povo *não*
é uma ação editorial, apenas representa um resultado plebiscitário sobre um
tema qualquer. Plebiscito não é edição.

Ah, e o povo nem sempre tem razão ou bom gosto. Aliás, geralmente não tem.
Ah2: vc pode muito bem aparelhar um "site social", se um grupo organizado
resolver que isso é importante para se atingir algum objetivo qualquer. O
resultado será distorcido do mesmo jeito.



... A informação, como o Abel citou, é líquida...


Sim, tb gostei muito dessa citação.

abs!
Cassiano


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