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Subject: Arquitetura da Informação (em Português)
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- From: "Cassiano > Matriz [listas]" <listas AT matrizmkt.com>
- To: "Arquitetura da Informação (em Português)" <aifia-pt AT lists.ibiblio.org>
- Subject: Re: [AI] RES: RES: definições de AI
- Date: Wed, 31 Oct 2007 09:50:40 -0300
On 10/30/07, Daniel Ribeiro <
danielmeloribeiro AT gmail.com> wrote:
Olá, Daniel e AIs,
Vc levantou um ponto muito importante. Essa palavra mÃdia, no português pelo menos, assume sentidos variados, dependendo do contexto. É como a palavra "direito": no contexto de uma decisão de vestibular, "faça direito" é a orientação da mãe diante da indecisão da filha por um ou outro curso; no contexto da bronca da mãe, "faça direito" assume outro sentido.
Vc entendeu certo. O sentido que uso é o de "veÃculo de comunicação". Os profissionais de mÃdia das agências de publicidade usam o termo "mÃdia" para identificar todos os canais de inserção publicitária ou promocional. MÃdia é o espaço nos classificados do jornal, no rádio ou no " busdoor", os cartazes em ônibus. E tem tb a definição que vc trouxe, que retomo a seguir. "VeÃculo de comunicação" ou "espaço publicitário" são termos muito grandes. Então, ficou comum um discurso em português citar a palavra "mÃdia" de acordo com suas necessidades e conveniências.
Alguns comentários a mais, sem aprofundar a definição da Lúcia, para manter o foco da lista:
A definição da Lúcia dá margem ao esse entendimento de que "mÃdia" é um suporte tecnológico qualquer, como vc usa acima. Vejo na definição dela algumas questões sutis, que fazem diferença. Suportes e tecnologias diferentes implicam resultados editoriais diferentes, linguagens diferentes, tratamentos e possibilidades diferentes. Jornal, revista, rádio, tevê e web podem fazer as mesmas coisas, mas de forma diferente, cada um à sua maneira. Mesmo a web o desktop pode coisas que no celular não se aplicam.
Vejo mÃdia (o veÃculo de comunicação) como um produto. Nesse momento, linguagem e suporte são coisas inseparáveis. Por isso, valorizo tanto o DI.
Vc tem toda razão e em todo momento deixo isso claro. Nem tudo na internet tem foco editorial, mas o que tem foco editorial deve ser tratado como tal. Esse é o ponto.
Delicious e Flickr são serviços, não? Não atendem à quela trÃade que proponho para definir um veÃculo de comunicação: segmentação-edição-periodicidade.
O Wikipedia é uma enciclopédia, um ambiente não-editorial por definição: lá, todos os assuntos são iguais, não há a "vontade polÃtica" do editor, o motor de todos os veÃculos de mÃdia, em qualquer situação.
(Esclarecimento oportuno: uso "editor" no singular, mas o sentido é sempre em função da metodologia de decisão e organização. Claro que esse sujeito não trabalha no vácuo e raramente trabalha ou decide tudo sozinho.)
Esse é outro ponto que gera muita confusão, penso eu. Um site que decida relacionar notÃcias com base no voto popular está tomando uma decisão editorial nesse sentido. Feita essa decisão estratégica, o voto do povo *não* é uma ação editorial, apenas representa um resultado plebiscitário sobre um tema qualquer. Plebiscito não é edição.
Ah, e o povo nem sempre tem razão ou bom gosto. Aliás, geralmente não tem. Ah2: vc pode muito bem aparelhar um "site social", se um grupo organizado resolver que isso é importante para se atingir algum objetivo qualquer. O resultado será distorcido do mesmo jeito.
Sim, tb gostei muito dessa citação.
abs!
Cassiano
... uso ... do termo mÃdia... mais dúvidas do que respostas...
Olá, Daniel e AIs,
Vc levantou um ponto muito importante. Essa palavra mÃdia, no português pelo menos, assume sentidos variados, dependendo do contexto. É como a palavra "direito": no contexto de uma decisão de vestibular, "faça direito" é a orientação da mãe diante da indecisão da filha por um ou outro curso; no contexto da bronca da mãe, "faça direito" assume outro sentido.
Vc entendeu certo. O sentido que uso é o de "veÃculo de comunicação". Os profissionais de mÃdia das agências de publicidade usam o termo "mÃdia" para identificar todos os canais de inserção publicitária ou promocional. MÃdia é o espaço nos classificados do jornal, no rádio ou no " busdoor", os cartazes em ônibus. E tem tb a definição que vc trouxe, que retomo a seguir. "VeÃculo de comunicação" ou "espaço publicitário" são termos muito grandes. Então, ficou comum um discurso em português citar a palavra "mÃdia" de acordo com suas necessidades e conveniências.
Alguns comentários a mais, sem aprofundar a definição da Lúcia, para manter o foco da lista:
... reconheço a importância e o papel da tecnologia (mÃdia) nos processos comunicacionais. Por outro lado, prefiro estudar e compreender a função do Arquiteto de Informação além
do contexto editorial.
A definição da Lúcia dá margem ao esse entendimento de que "mÃdia" é um suporte tecnológico qualquer, como vc usa acima. Vejo na definição dela algumas questões sutis, que fazem diferença. Suportes e tecnologias diferentes implicam resultados editoriais diferentes, linguagens diferentes, tratamentos e possibilidades diferentes. Jornal, revista, rádio, tevê e web podem fazer as mesmas coisas, mas de forma diferente, cada um à sua maneira. Mesmo a web o desktop pode coisas que no celular não se aplicam.
Vejo mÃdia (o veÃculo de comunicação) como um produto. Nesse momento, linguagem e suporte são coisas inseparáveis. Por isso, valorizo tanto o DI.
Quem é o editor do Delicious? Do Flickr? Da Wikipedia? Eu não acho que
a internet se restringe às aplicações editoriais. ...
Vc tem toda razão e em todo momento deixo isso claro. Nem tudo na internet tem foco editorial, mas o que tem foco editorial deve ser tratado como tal. Esse é o ponto.
Delicious e Flickr são serviços, não? Não atendem à quela trÃade que proponho para definir um veÃculo de comunicação: segmentação-edição-periodicidade.
O Wikipedia é uma enciclopédia, um ambiente não-editorial por definição: lá, todos os assuntos são iguais, não há a "vontade polÃtica" do editor, o motor de todos os veÃculos de mÃdia, em qualquer situação.
(Esclarecimento oportuno: uso "editor" no singular, mas o sentido é sempre em função da metodologia de decisão e organização. Claro que esse sujeito não trabalha no vácuo e raramente trabalha ou decide tudo sozinho.)
... por outro lado, ao pensar dessa forma, não exploramos todas as possibilidades oferecidas pela interatividade, colaboração, personalização e socialização da informação que a
internet nos proporciona, qualidades únicas e particulares na história
das mÃdias....
Esse é outro ponto que gera muita confusão, penso eu. Um site que decida relacionar notÃcias com base no voto popular está tomando uma decisão editorial nesse sentido. Feita essa decisão estratégica, o voto do povo *não* é uma ação editorial, apenas representa um resultado plebiscitário sobre um tema qualquer. Plebiscito não é edição.
Ah, e o povo nem sempre tem razão ou bom gosto. Aliás, geralmente não tem. Ah2: vc pode muito bem aparelhar um "site social", se um grupo organizado resolver que isso é importante para se atingir algum objetivo qualquer. O resultado será distorcido do mesmo jeito.
... A informação, como o Abel citou, é lÃquida...
Sim, tb gostei muito dessa citação.
abs!
Cassiano
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Re: [AI] RES: definições de AI
, (continued)
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Re: [AI] RES: definições de AI,
Frederick van Amstel, 10/23/2007
- Re: [AI] RES: definições de AI, Daniel Ribeiro, 10/23/2007
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Re: [AI] RES: definições de AI,
Cassiano > Matriz [listas], 10/24/2007
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[AI] RES: RES: definições de AI,
Charlley dos Santos Luz, 10/25/2007
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[AI] TV Digital,
Waldemar Osmala, 10/25/2007
- Re: [AI] TV Digital, Luis Carlos Rubino, 10/25/2007
- Re: [AI] TV Digital, Waldemar Osmala, 10/25/2007
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[AI] TV Digital,
Waldemar Osmala, 10/25/2007
- Re: [AI] RES: RES: definições de AI, Cassiano > Matriz [listas], 10/26/2007
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Re: [AI] RES: RES: definições de AI,
Cassiano > Matriz [listas], 10/30/2007
- Re: [AI] RES: RES: definições de AI, Daniel Ribeiro, 10/30/2007
- Re: [AI] RES: RES: definições de AI, Cassiano > Matriz [listas], 10/31/2007
- [AI] RES: RES: RES: definições de AI, Charlley dos Santos Luz, 10/31/2007
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[AI] RES: RES: definições de AI,
Charlley dos Santos Luz, 10/25/2007
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Re: [AI] RES: definições de AI,
Frederick van Amstel, 10/23/2007
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