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aifia-pt - Re: [AI] Comportamento de usuários com senhas

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Subject: Arquitetura da Informação (em Português)

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Chronological Thread  
  • From: Carol Michelassi <carolmichelassi AT gmail.com>
  • To: Arquitetura da Informação (em Português) <aifia-pt AT lists.ibiblio.org>
  • Subject: Re: [AI] Comportamento de usuários com senhas
  • Date: Thu, 18 Apr 2013 17:47:11 -0300

Oi Marcos!
Bem lembrado, não armazenando "a foto" da digital e sim suas características criptografadas não há volta, espero realmente que Itaú e Bradesco estejam utilizando essas técnicas - meu medo são os "sisteminhas de academia", por exemplo, que entram nessa onda e aí é mais difícil de confiar que a sua digital está sendo bem armazenada e não vai ser obtida por alguém mal-intencionado para usar em outros locais depois.

De fato existem dispositivos que conseguem fazer "liveness detection", há métodos como detectar a temperatura da pele (aí as luvas de silicone conseguem burlar) ou perceber se você está suando, enfim, tem toda a questão tecnológica que talvez não seja o foco da lista...
mas o fato é que seria interessante saber qual o nível de segurança real (quais técnicas os bancos estão usando) e qual o nível de segurança percebido pelo usuário com essa nova tecnologia!

Carolina Michelassi


2013/4/18 Marcos Pedro <mpdru83 AT gmail.com>
Carolina, 

Sobre o uso de impressão digital, acredito que a digital, assim que lida, é transformada numa cadeia de caracteres, criptografada e então armazenada.
Existem técnicas de criptografia sem volta, ou seja, o sistema criptografa, mas é *praticamente* impossível descriptografar.
Isso garante um bom nível de segurança pois, se a digital for roubada, seria bastante dificultoso chegar no "desenho real" da digital do correntista, no caso de um banco.

Sobre a possibilidade de roubar a digital através da gordura que fica no dispositivo de leitura, isso é perfeitamente possível.
Porém, pelo que eu sei, tanto no Itaú como no Bradesco os dispositivos têm a complexidade de saber se o dedo é "vivo" ou não.
Já ouvi falar de pessoas que conseguiram burlar alguns dispositivos, fabricando luvas de silicone com digitais clonadas.
Alguém tem mais informações sobre estes dispositivos utilizados atualmente no Itaú e Bradesco?

Marcos Pedro
@mpdru



Em 10 de abril de 2013 10:11, Carol Michelassi <carolmichelassi AT gmail.com> escreveu:

Muito interessante mesmo!
Não sei se a pessoa "deixa de ter cuidado" por se sentir muito segura, é que nos pedem tantas senhas em tudo quanto é site, que é realmente difícil lembrar, aí acabamos tendo que anotar em algum lugar... 
E é aí que entram os meios alternativos à memória né:
  • consulta a senhas "descartáveis" - por exemplo o token-chaveiro ou token por SMS do Itaú, a tabela de senhas do Santander - pode dar um trabalhinho pra consultar, mas não te faz decorar mais uma senha. 
  • uso de outras informações pessoais - como perguntar aleatoriamente sua data de nascimento ou algo do tipo - o Itaú pede as vezes quando vc está fazendo uma operação meio suspeita, como dois saques em sequencia ou mexendo com valor alto - acho legal que é algo que vc responde com naturalidade, bem mais facil que uma senha, embora não saiba dizer se é realmente seguro
  • uso de impressão digital - vi que o Itaú está implantando, me parece que o Bradesco já usa também há um tempo - é algo a principio seguro, desde que eles guardem sua digital a 7 chaves (se alguem invadir o banco de dados, já era, vc não troca de digital como troca de senha!) e vi tbm na faculdade que não é dificil você "roubar" a digital da pessoa que acabou por o dedo ali (por causa da gordura da pele) e "reutilizar" depois,  dependendo do dispositivo biometrico usado.
Acho que usando a criatividade tem várias formas de se avançar nesse sentido de "substituir" parte das senhas...O que vocês acham desses metodos alternativos?

Seria bem legal ver pesquisas com varios perfis de usuarios nesse sentido, pra ver o quanto eles percebem essas novas coisas como "incomodas" ou "seguras" etc. 
Lembro de um entrevistado em um teste nosso que era tão apegado ao proprio celular, o dia todo com ele na mão, que confiava plenamente em qualquer coisa que o envolvesse (como o SMS token ou deixar dados salvos no app), enquanto desconfiava muuuuito de outros metodos porque ja tinham clonado o cartão dele ou hackeado seru internet banking....nem passava pela cabeça dele a possibilidade de roubarem ou perder o celular...achei muito interessante!


Carolina Michelassi


2013/4/9 Xandre Lima <llc.alexandre AT gmail.com>
Desculpa, errei na frase. TIREI O "NÃO"
 "Conforme as equipes confiavam muito nos equipamentos de segurança, eles ignoravam riscos e deixavam de refletir sobre problemas não mapeados."   

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Alexandre Lima (@xandrelima)
Interaction Designer & Information Architect


2013/4/9 Xandre Lima <llc.alexandre AT gmail.com>
Olá Fabiano,

A pesquisa foi feita com jovens e idosos? De quantos foi a amostra?
Eu acho que faz todo o sentido. Quanto mais você se sente seguro, menos atenção você dá a pequenos problemas, riscos, etc. Quando eu trabalhava mais com ergonomia que web, existia muito este problema. Conforme as equipes confiavam muito nos equipamentos de segurança, eles ignoravam riscos e não deixavam de refletir sobre problemas não mapeados. 


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Alexandre Lima (@xandrelima)
Interaction Designer & Information Architect


2013/4/9 Frederick van Amstel <usabilidoido AT gmail.com>
Eu acho que eu vi um case parecido nesse livro, mas tem que dar uma olhada

O ponto chave é balancear a percepção de segurança versus a segurança real. Se simplificar muito o usuário acha que está seguro, mas não está de fato. Se complicar demais, ele acha que tem algo de errado.

Na minha opinião a chave está na forma como o sistema de segurança é introduzido nas agências.

O token que eu uso do ABN-amro é bem complicado de usar, mas eu tive um bate-papo de 40 minutos com o gerente da agência explicando todos os detalhes. 

--
Frederick van Amstel

PhD Researcher - Construction Management & Engineering
University of Twente

On 9 apr. 2013, at 21:55, Pedro Belleza <pedrobelleza AT gmail.com> wrote:

Oi Fabiano,
Muito interessante essa constatação.
Faz todo o sentido para mim.

Deve haver mas eu não conheço pesquisa nesse sentido.
Apenas lembrei dessa matéia da Wired de alguns meses atrás que fala sobre o assunto.


Abs


2013/4/9 Fabiano Nadler <fnadler AT gmail.com>
Pessoal,

Estou trabalhando em um projeto para uma instituição financeira e durante nossa pesquisa levantamos uma tese de que à medida em que os bancos aumentam os dispositivos de segurança (senha do cartão, senha do Internet Banking, senha do atendimento online, Tokens, senhas com letras, etc) o comportamento do usuário segue na ordem inversa, tendendo à um comportamento menos seguro, como o de anotar a senha no próprio cartão, no celular, no computador, etc. No próprio cliente identificamos casos em que o cliente teve seu cartão roubado e junto com ele estava a senha.

A questão é: alguém tem ou conhece alguma pesquisa que avalie essa questão?

Obrigado!

Fabiano Nadler

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Pedro Belleza
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