Arquitetura da Informação (em Português)

[Xandre Lima <llc.alexandre AT gmail.com>]

Olá Guilherme,

A minha afirmação foi mais uma opinião baseada em uma pesquisa etnográfica da qual participei, como apoio, em outra empresa que trabalhei em 2010. Foi uma entrevista na casa das pessoas com uma amostra de 26 sendo a maioria de classes C e D (do Rio de Janeiro). Também foi feita uma pesquisa rápida por telefone sobre hábitos de celular e internet com cerca de 400 pessoas de estados variados (supervisionada por um amigo sociólogo). 

Na empresa em que estou no momento fizemos uma pesquisa para outro cliente e outro tipo de serviço com uma amostra de 13 pessoas de classes A e B (em testes e entrevistas de tipos variados), que incluiram perguntas sobre redes sociais (individuos de vários estados).

Sei que as amostras são pequenas, mas visto os resultados destas pesquisas, a partir do nosso próprio uso do Facebook e mais as discussões com amigos, creio que a maior parte desses 18 milhões citados no Socialbakers seja das grandes metrópoles, principalmente Rio e São Paulo (o Socialbakers não cita estados ou regiões). Não tenho dados para te explicar o porquê da concentração nestas áreas e não acho que alguém esteja fazendo pesquisas para validar isto no momento... As classes A e B, na minha interpretação dos dados, usam mais pois seus amigos migraram e eles querem "seguir o grupo"...   

O número de usuários está crescendo sim e muito, mas não acho que está sendo adotado com facilidade visto as próprias características do povo que prefere o boca-a-boca e a proximidade do grupo (se ninguém migra, para que eu vou embarcar em uma tendência onde meus amigos não estão?). Entrevistamos pessoas antenadas de outros estados que não conheciam o Facebook, ou criaram perfil mas quase não entraram ou conheciam mas ignoravam por já usarem outras redes.

No caso dos meus amigos em particular, muita gente entrou no Facebook por que a maioria de seus conhecidos estavam migrando de plataforma. Enfim, acho que ninguém vai pesquisar isto efetivamente a nível Brasil, mas acho importante entender os conceitos por trás disso, por que a migração, por que acontece mais rápido em alguns estados, que conceitos novos tornam a mudança interessante, etc. Claro, com amostras maiores seria bem melhor.

Importante ressaltar que "classes A e B" não significa só poder aquisitivo, existem outras variáveis para esta classificação que incluem por exemplo grau de instrução, acesso a informação, aparelhos que possui, entre outras coisas. Conheci pessoas na pesquisa que moram em áreas pobres de Bangu mas que têm NET, Velox, PS3, Facebook, Twitter, etc, portanto quem ainda confunde classes com dinheiro, esqueça esta idéia. 

Abraço,   

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Alexandre Lima (@xandrelima)
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Em 13 de maio de 2011 20:48, Guilherme Marques <guilherme.marques AT bolt.com.br> escreveu:

Oi Alexandre, compartilho um métrica interessante do Facebook, o número de usuários do Facebook está crescendo semanalmente.

De acordo com a Social Bakers, o Brasil tem hoje cerca de 17.611.180 de usuários, ou seja, 8.76% da população.

O Brasil é 12º no ranking de mais usuários no Facebook

 

http://www.socialbakers.com/facebook-statistics/brazil

 

Agora, você tem como nos informar sua fonte onde você menciona as classes A e B e Rio / SP? Seria legal termos isso também.

 

Abs,

Guilherme Marques – BH

www.guilhermemarques.com

@guimarques

 

 

From: Xandre Lima

Sent: Friday, May 13, 2011 8:14 PM

To: Arquitetura da Informação (em Português)

Subject: Re: [AI] Facebook...

 

Acho que nunca foi a intenção do Facebook que a coisa se transformasse em grupos tipo fórum. A palavra do Facebook é velocidade, da mesma forma que o Twitter. Se você quer responder algo você gasta poucos segundos e mantém o diálogo correndo entre diversas pessoas. Por isso também que eles usam o Like/Curti ao invés de estrelas ou escalas tipo likert, a idéia é você não precisar refletir, pensar muito... 

 

No Orkut você meio que, inconscientemente, se sente na obrigação de escrever algo maior, textos mais elaborados e fica impossível acompanhar o post pois as mensagens demoram mais para escrever, as pessoas demoram mais a participar, etc. (claro que tem os doidos que ficam ligados atualizando até aparecer algo). São conceitos diferentes e acho que a tendência é o Facebook (não a rede social, mas o conceito de economia de tempo).

 

O Orkut ainda é forte no Brasil, principalmente entre classes C e D e me parece que isto não vai mudar tão cedo. O Facebook tá crescendo mais no circuito Rio e São Paulo entre as classes A e B. Claro que existem excessões, conheci pessoas de classe D em pesquisa que participavam de todas as redes sociais hype.

 

Enfim...

 

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Em 10 de maio de 2011 17:05, João Vagner <joao.vagner AT gmail.com> escreveu:

Graças a politica frágil deles. =/

2011/5/10 Cid Boechat <cidboechat AT gmail.com>:

> Sei não, tenho a impressão que o orkut foi muito abandonado também por ter
> se tornado um foco insuportável de spam.
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
> 2011/5/10 Rafael Poggi <rpoggi AT gmail.com>
>>
>> Mas, Bernando, o que os EUA são hoje é muito derivado com que a Inglaterra
>> já foi há até 100 anos atrás. Então, o "I" vale mesmo.
>>
>> Agora, quanto ao xenofobia, os EUA são tão xenófobos que beira o racismo
>> sim. Para se ter uma idéia, Gisele Bundchen é considerada "latina" e não
>> "caucasiana". Então...
>>
>> É isso. Em breve o Facebook vai ser tomado pelos brasileitos e os gringos
>> pulam fora. Vai ser melhor assim, rssss.
>>
>> -------------------------------------------
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>> ::: 21 8213-3449
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>> Networking
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>> ::: http://twitter.com/rafaelpoggia
>>
>>
>> Em 10 de maio de 2011 11:05, Bernardo Doré <berdore AT gmail.com> escreveu:
>>>
>>> Legal Martin, agora vc embasou sua posição em relação ao Orkut, deixou de
>>> ser um achismo, elevou o nível da discussão e cristalizou uma referência
>>> para quem busca mais sobre o assunto aqui na lista. Obrigado.
>>>
>>> Sobre a língua inglesa realmente ninguém disse o contrário. Acho que não
>>> fui claro: os ingleses escreviam "I" com letra maiúscula muito antes dos
>>> americanos existirem, logo, só acredita quem quer na justificativa que está
>>> rolando aqui.
>>> abcs
>>>
>>> 2011/5/10 Martín Moreno <martin.moreno AT gmail.com>
>>>>
>>>> Peço desculpas por não me expressar corretamente. Você está certo: é
>>>> xenofobia.
>>>> A língua inglesa é muito mais antiga do que os Estados Unidos, certo.
>>>> Alguém disse o contrário?
>>>> En quanto a fontes reconhecidas:
>>>> Eis uma notícia:
>>>>
>>>> http://www.freerepublic.com/focus/f-news/1173361/posts
>>>>
>>>> E aqui um livro:
>>>>
>>>> FRAGOSO, Suely . WTF a Crazy Brazilian Invasion. In: Fay Sudweeks,
>>>> Herbert Hrachovec, Charles Ess. (Org.). Cultural Attitudes Towards
>>>> Technology and Communications 2006. 1 ed. Murdoch, 2006, v. 3, p. 255-274.
>>>>
>>>> Eu acho que (perdoem a redundância) não é um achismo.
>>>> Saudações
>>>> 2011/5/10 Bernardo Doré <berdore AT gmail.com>
>>>>>
>>>>> Bom-dia a todos.
>>>>>
>>>>> Eu não ia falar nada mas a vergonha alheia foi tanta que não consegui
>>>>> me conter.
>>>>> - A língua inglesa é muito mais antiga do que os Estados Unidos. Google
>>>>> it.
>>>>> - O termo correto para o que vocês chamam de "racismo" é xenofobia:
>>>>> aversão ao estrangeiro. Eu citaria fontes reconhecidas que comprovem isso
>>>>> antes de propagar um achismo.
>>>>>
>>>>>
>>>>>
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