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aifia-pt - [AI] RES: RES: RES: Acessibilidade na marra...

aifia-pt AT lists.ibiblio.org

Subject: Arquitetura da Informação (em Português)

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Chronological Thread  
  • From: "Fabio Palamedi" <fabiosp AT rgm.com.br>
  • To: 'Arquitetura da Informação (em Português)' <aifia-pt AT lists.ibiblio.org>
  • Subject: [AI] RES: RES: RES: Acessibilidade na marra...
  • Date: Tue, 5 Dec 2006 11:55:58 -0300

Ola Letícia.

Concordo com vc. É como eu tinha citado anteriormente. É fundamental
envolver e capacitar o pessoal de planejamento, no processo de
desenvolvimento de soluções inclusivas. Mas também, tem aquele lance do
"core" do negócio do site. Clientes, as vezes, simplesmente ignoram o lance
da acessibilidade, pois, seu publico alvo, ou o target do site/hotsite ou
seja la o que for, não prevê portadores de necessidades especiais, ou porque
quem "vendeu" a solução, considera desnecessário o "lance da acessibilidade"
como eu já pude ouvir de um consultor.

É cultura. Engraçado, mas é a mesma situação com aquele lance das rampas e
escadas para quem usa cadeira de rodas. Todo mundo sabia que existia pessoas
que utilizavam cadeira de rodas, e que possivelmente um dia passariam por
ali. Porque não foi projetado antes então? Algumas pessoas tiveram que se
juntar, fazer abaixo assinado, ir ate algum político, fazer passeata e dizer
que foram "impedidos de utilizarem ou serem clientes de um banco, que tem
uma escadaria de mais de 15 degraus", para conseguirem serem respeitadas ou
"enxergadas" por uma sociedade egoísta, e que só pensa em si mesmo....rsrs

"se não da dinheiro, para que perder tempo, afinal..tempo é dinheiro..."

Parece demagogia, mas nem é.. infelizmente, é a real.

Um projeto, que prevê uma boa experiência, simples, e que seja acessível,
não é algo caro ou complexo, desde que a equipe, esteja capacidade e
preparada para pensarem em design universal. Sabe, aquele mail que enviei
anteriormente? Sobre design universal? Pois é... Vi um exemplo fantástico de
um bebedouro, acho que no site da Prof. Amanda, que podia ser regulado pela
altura do usuário. Assim, uma criança com cadeira de rodas, podia alcançar
facilmente, o bebedouro, e utiliza-lo como qualquer outra pessoa.

A questão toda, acredito que, se resume em "projetar" acessibilidade. Mas
para isso, é necessário mesmo se envolver, pesquisar, conhecer e ver de
perto, como que a coisa funciona. Fiquei impressionado, quando visitei um
telecentro em Maua, onde havia um usuário com Mal de Alzeihaimer (acho que é
assim que se escreve) e que utilizava uma espécie de "peso" no pulso, para
conseguir utilizar o mouse. Claro que, a "tremedeira" dele, era bem
moderada, mas já dificultava muito o uso do mouse.

Quando eu vi esses "pesinhos" em fotos, não esperava ver isso de fato. Mas
depois disso, passei a não desenhar mais layout´s que exigissem muito da
coordenação motora do usuário. Mas eu vivenciei isso. È diferente, quando se
expõe isso, ou se ouve num workshop ou palestra.

Enfim, eu acho que, acessibilidade, design universal, é algo, que deva ser
inserido, no contexto acadêmico, nas universidades, para que os
profissionais que forem saindo para o mercado de trabalho, saibam que isso
existe, e que deve ser considerado em projetos. Muitos dos meus colegas de
turma, desconheciam o assunto acessibilidade, e infelizmente, nenhum deles,
sequer se interessou pelo tema, quando o abordei.

Mas não somente em cursos específicos, de desenho industrial, ou
arquitetura... mas em um contexto geral.

Outro exemplo legal, de acessibilidade que tenho visto recentemente, é
aqueles ônibus de "piso baixo" aqui em São Paulo. O usuário praticamente dá
um "passo" para dentro do ônibus, como se estivesse subindo a guia da
calçada. Eu sorri quando uma senhora disse ao meu lado ": Nossa, é tão
facinho subir nesses ônibus..todos deveriam ser assim".

Para jovens, fácil subir em um ônibus alto. E para pessoas com dificuldade
de locomoção? Será que é tão simples assim?

Enfim, vou encerrar meu discurso, porque se não vou acabar escrevendo uma
Bíblia aqui. =)

Cultura...acho que é isso...


Fabio Palamedi
Arquiteto de Informação \ Designer de UserInterface
RGM Informática Ltda.
(11) 3016-3555
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-----Mensagem original-----
De: aifia-pt-bounces AT lists.ibiblio.org
[mailto:aifia-pt-bounces AT lists.ibiblio.org] Em nome de Letícia Cianconi de
Paiva Rodas
Enviada em: terça-feira, 5 de dezembro de 2006 09:32
Para: Arquitetura da Informação (em Português)
Assunto: [AI] RES: RES: Acessibilidade na marra...

Concordo, Fábio. Aproveito para opinar sobre algumas coisas que li em
discussão na lista.

Antes de termos legislação e até mesmo antes de colocarmos em prática todas
as normas de acessibilidade, acho que seria necessário os envolvidos em
todas os aspectos da construção de sites, desde os programadores e
analistas, aos designers, designers de interface e de interação, terem
profundo conhecimento do que vem a ser acessibilidade. Basta olhar a
discussão para vermos que não é isso que ocorre na prática. O que vemos é
uma minoria realmente preocupada em pesquisar, estudar a fundo e seguir
padrões que visam incluir o maior número possível de pessoas, e outras, que
desconhecem o assunto. Eu li em algum e-mail afirmarem que o Flash poderia
ser usado como ferramenta de inclusão, quando isso já foi mais do que
comprovado por diversas pesquisas e por vários grupos de pesquisadores do
mundo inteiro que não é possível. O que ferramentas fechadas fazem é dar a
sensação de inclusão para quem desconhece o assunto e, principalmente, para
quem não conhece na pele todos os problemas de pessoas que tem dificuldade
de acesso (seja ele qual for) aos sites.

Algum dia softwares como Flash poderão ser acessíveis? Quem sabe? Não
depende de nós, usuários intermediários da ferramenta, e sim, das empresas
proprietárias, de terem vontade de pesquisar e descobrir um jeito de fazer a
ferramenta seguir os conceitos W3C e talvez, deixar de necessitar de plugin
para funcionar, por exemplo.

Acessibilidade não é apenas sinônimo de fazer sites acessíveis para cegos.
Tampouco é apenas fazer sites acessíveis para deficientes físicos. No caso
específico dos sites governamentais brasileiros, ela está ligada também a
dificuldade de acesso à internet que a maioria da população brasileira
possui. Por isso os sites não podem ser pesados, tem que ser simples, devem
evitar plugins que impossibilitem quem não os possui de consultar o que está
disponível etc. Em resumo: devem ser inclusivos e para todos.

Todos os sites devem seguir todas as normas de acessibilidade? Aí sim, entra
um pouco de teoria. Há os que defendem que sim, afinal, restringir é
excluir. Porém, há os que defendem que depende do projeto, do público-alvo,
dos objetivos que devem ser atingidos. Para este grupo, sites de propaganda
de carro, por exemplo, deveriam dar mais ênfase na experiência e nas
possibilidades exploratórias do design de interação, do que simplesmente na
inclusão de pessoas que, provavelmente, não usariam aquele produto (ou
porque são deficiente ou não tem condições financeiras etc.).

Acho que tem muita gente boa participando desta lista que poderia explicar
melhor estes conceitos de acessibilidade, tão pouco difundidos e por isso,
mal compreendidos e, aumentar assim, o conhecimento geral de todos.

Abraços,
Leticia



-----Mensagem original-----
De: aifia-pt-bounces AT lists.ibiblio.org
[mailto:aifia-pt-bounces AT lists.ibiblio.org] Em nome de Fábio Caparica de
Luna
Enviada em: segunda-feira, 4 de dezembro de 2006 22:04
Para: Arquitetura da Informação (em Português)
Assunto: Re: [AI] RES: Acessibilidade na marra...

Olá Letícia e todos....

Como já estamos com o prazo (e a prorrogação do prazo) estourando, e
percebendo a pouca atenção dada ao assunto (ver mail que iniciou esta
thread) não acho que seja uma questão de desrespeito nada oq externei aqui
na lista.

Ao "pessoal do e-mag", obvio, só cabem os parabéns...
Mas não é só isto que se faz necessário. Assim como ñ basta ter uma
lei tratando sobre o assunto...
É preciso que ela seja colocada em prática.

[]'s
fcl

On 04/12/2006, at 10:02, Letícia Cianconi de Paiva Rodas wrote:

> Fábio e demais colegas, tudo bem?
>
> Tenho visto diversos amigos que trabalham em empresas públicas
> correndo atrás de métodos e formas de tornar os sites acessíveis,
> levando em conta diversos aspectos da acessibilidade. Acho que temos
> que dar um voto de confiança para as pessoas que trabalham no governo,
> não só por respeito ao pessoal do e-mag, mas também em respeito a quem
> está querendo e pensando em formas de melhorar a inclusão digital no
> país. Só o fato de já existir o projeto e de ter pessoas nas empresas
> governamentais preocupadas com isso, já é um grande passo.
>
>
> Abs
> Leticia
>
>
> -----Mensagem original-----
> De: aifia-pt-bounces AT lists.ibiblio.org [mailto:aifia-pt-
> bounces AT lists.ibiblio.org] Em nome de Fábio Caparica de Luna Enviada
> em: sexta-feira, 1 de dezembro de 2006 21:33
> Para: Arquitetura da Informação (em Português)
> Assunto: Re: [AI] Acessibilidade na marra...
>
> Acreditas em Papai Noel?
>
> :P
>
> acho bastante difícil algo começar a acontecer antes de surgirem as
> ações judiciais...
>
> []'s
> fcl
>
> On 01/12/2006, at 15:59, ale moreno wrote:
>
>> Caros...
>> Estou com um post engatilhado sobre o prazo final (dia 2) para sites
>> da administração pública se tornarem acessíveis a pessoas portadoras
>> de deficiência ou com mobilidade reduzida.
>>
>> Curiosamente não achei nada a respeito na mídia.
>> Nenhuma vírgula.
>>
>> Não é hoje?
>> Abs
>
> . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
> Ao responder, elimine o texto não essencial de mensagens anteriores e
> evite formatação.
>
> Lista de discussão AIfIA-pt
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> Arquitetura de Informação em Português
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