Arquitetura da Informação (em Português)

[Andressa Vieira <andressavieira AT gmail.com>]

Também recomendo a referência passada pelo Dudu. Recorri a ela quando fiz meu primeiro diário de uso e o material ajudou bastante. 

Já tive a oportunidade de utilizar a técnica associada a um estudo de usabilidade validativo e realizando um grupo de discussão depois (envolvendo todos os participantes do estudo).

O papel do diário foi investigar se as questões de uso persistiam durante o uso continuado e também avaliar a percepção e o interesse de uso (durante um período prolongado).

Já fiz diários abertos (sem tarefas sugeridas), fechados (sugerindo tarefas) e mistos (uso livre no início e sugerindo tarefas depois -específicas ou mais avançadas).

Normalmente utilizo um formulário online para a coleta. E envio o novo apenas após a resposta do questionário anterior.

Nas experiências que tive houve pouca desistência, mas tive que ligar várias vezes cobrando questionários atrasados... E também ligar algumas vezes para entender melhor alguns pontos (que não foram descritos de maneira clara).

Aprendi que o ideal é fazer uma pré-análise após o recebimento de cada diário, pois se houver dúvida e você precisar esclarecer algum ponto, o cara ainda estará com aquilo fresco na cabeça. 

Sobre o período, já fiz de cinco e sete dias. E notei que os participantes normalmente não respondem o diário aos finais de semana, acabam deixando para segunda... 

Espero ter ajudado. ;)

Enviado do meu iPhone

Em 25/10/2011, às 16:39, Frederick van Amstel <usabilidoido AT gmail.com> escreveu:

Miguel, de fato é possível usar diários como sondas culturais, porém o método em questão é um pouco diferente. O diário de uso continuado tenta capturar dados sobre a usabilidade de um sistema atual em uso. As sondas culturais tem um caráter mais amplo e seu uso é mais na inspiração do que na avaliação.

A referência que o Eduardo mandou é muito boa. Seria legal ter mais informações em português sobre o assunto lá no Corais, hein?

--

Frederick van Amstel

http://fredvanamstel.com

Faber-Ludens Interaction Design Institute

http://www.faberludens.com

Em 25/10/2011, às 21:23, Miguel Peres <m.peres AT gmail.com> escreveu:

Olá Lilian,

Acredito que  o que você chama de diário de uso continuado seja apenas uma forma de Design Probes ou Cultural Probes (são coisas diferentes). Há três meses atrás usamos como parte de um estudo etnográfico com pessoas que sofreram lesão na coluna ou portadores doenças e distúrbios no sistema nervoso. Apesar de termos usados outras técnicas de pesquisa, como entrevista, shadowing, etc., optamos por também utilizar o diário pelo fato de que o ambiente de pesquisa era de difícil acesso: basicamente a sala de hospital ou a clínica de rehabilitação. Realizamos o estudo com 12 pessoas em duas cidades diferente durante 15 dias. Não houve abandono, pelo contrário, algumas pessoas anexaram mais informações do que havíamos previsto.

Deu bastante trabalho para elaborar os Kits, pois dentro do grupo de estudo haviam pessoas que não podiam escrever, outras com lapsos de memória, etc. Olhando para trás eu diria que o Kit foi um projeto de design por si só. Acho importante dizer quando entregamos os kits, nossas caras já eram conhecidas por boa parte dos médicos, pacientes e até alguns familiares. Isso com certeza ajudou. Se você quiser saber algum detalhe específico da pesquisa, é só perguntar.

[]'s

Miguel

2011/10/25 Lilian Nosralla <lilianosralla AT gmail.com>

Oi pessoal, estou curiosa quanto ao diário de uso continuado, alguém está usando ou usou em algum projeto além do pessoal do Corais?

Qual o período recomendado para usar esse diário?

Há uma taxa de abandono ou os usuário costumam preencher o diário até o final do período sem abandonar?

Como é isso para o usuário? Eles gostam de colaborar?

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