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aifia-pt - Re: [AI] Supermercado virtual, e real ao mesmo tempo.

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Subject: Arquitetura da Informação (em Português)

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  • From: Xandre Lima <llc.alexandre AT gmail.com>
  • To: Arquitetura da Informação (em Português) <aifia-pt AT lists.ibiblio.org>
  • Subject: Re: [AI] Supermercado virtual, e real ao mesmo tempo.
  • Date: Tue, 23 Aug 2011 18:47:15 -0300

É importante observar que não houve novidade "digital", apenas um conceito de propaganda. Os clientes antes já podiam comprar no mercado pelos seus celulares e tablets. Estas prateleiras são apenas uma ferramenta muito eficiente de branding pois você passa em frente, acha a estante legal e aí testa a ação comprando produtos. Não há na idéia uma intenção de praticidade que nem são as máquinas de comida e livros espalhadas pelas estações de metrô que são imediatas (será que quando você chega em casa o entregador já está lá? Vai demorar?).

É uma propaganda que chama a atenção e por consequencia acaba vendendo, entretanto, ninguém vai fazer compras grandes no metrô, usando prateleiras virtuais, com um smartphone, passando por cima de outras pessoas que estão fazendo a mesma coisa no local, tendo que ir de item a item. (por que não entrar no site e pedir os produtos sentado confortavelmente no banco do metrô? Vou perder o metrô e esperar o próximo carro para comprar tudo o que quero?) Imagina ficar esperando um entregador levar um ou dois produtos na sua casa (a não ser que a campanha seja de um mercado perto).

A gente esquece do imediatismo da compra, principalmente em compras de pequenas quantidades. Talvez seja uma experiência divertida, mas acaba virando mais um "carro conceito" ou uma brincadeira do Improve Everywhere do que algo que as pessoas vão adotar. É algo que tem que ser muito pensado. Pesquisas etnográficas ajudariam.

Mas o video é divertido. Como eu disse, é um belo "carro conceito", a "escada piano" do YouTube...

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Alexandre Lima (@xandrelima)
Interaction Designer & Information Architect

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Em 23 de agosto de 2011 14:22, Matheus Neves <matheus.neves AT gmail.com> escreveu:
Desculpa, mas eu acho que essa oportunidade aih foi JUSTAMENTE pq pensaram bem o digital. (que tá bem melhor por lá do que por aqui)

Acho que tá tão na moda assumir que digital = web que estão banalizando a expressão "pensar digital" = )

Isso não foi necessariamente pela questão de uma penetração maior de smartphones e sim pela cultura tecnológica do país. Aqui no brasil a maioria das pessoas gastam "vidas" na internet, mas a parcela que realiza compras ou complementa a vida de "carne e osso" com utilidades da internet ainda é mínima.

Quantos de nós fazemos compra em supermercados pela internet? e pão de açúcar tá aí desde 2001 ou antes entregando em casa.

O que ajuda, e faz um projeto MANEIRO desce funcionar, eh o fato de que por exemplo seoul não é nada menos do que a cidade digital ou capital high tech do mundo, fora o fato de que a koréia do sul é a lider do mundo em banda larga.  Não que velocidade seja o mais importante, mas o conceito de uma computação ubiqua e uma "internet pervasiva" já seja realidade a muito tempo.

E que projeto LEGAL esse hein! = )



Atenciosamente,
Matheus Neves

2011/8/23 Gui Moreira <ola AT guimoreira.com>
Cara, que legal, é lógico que lá funcionou bem por que a penetração (hmmm... safadeza) de smartphones entre a população é de proporções bem maiores do que aqui no brasil.

De qualquer forma, a ação conseguiu o que desejava por meio da experiência de usuário que foi levada do digital para o cotidiano das pessoas, o que é louvável, precisamos parar um pouco de pensar em digital e ver que, as vezes as possíbilidades estão onde a gente menos espera.

--
Guilherme Moreira
UX Designer


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