Arquitetura da Informação (em Português)

[Xandre Lima <llc.alexandre AT gmail.com>]

Eu acho que o texto precisa ser revisado sim, pois da forma como está prejudica alguns, entretanto, sou totalmente a favor da regulamentação.

Tenho amigos mais velhos que trabalham há mais de 15 anos como técnicos, sabem tudo de arquitetura, mexem em Autocad muito mais que arquitetos jovens, já trabalharam em tudo, desde construção civil até urbanização em geral, mas nunca puderam assinar um projeto, é sempre outro arquiteto, como se eles só fizessem "parte da equipe". Se a discussão é conhecimento e competência, pessoas esforçadas deveriam poder ser arquitetos e engenheiros também, uma vez que possuem conhecimento pra isso. 

Claro que dependendo do engenheiro ele(a) vai lidar com o risco de vida das pessoas, mas aquele que faz trabalhos que não comprometem a saúde dos outros, não poderia ser substituído por uma pessoa competente que não tem faculdade? O mesmo para um médico que é somente clínico, qual a dificuldade de passar um remédio ou encaminhar para um especialista? O trabalho clínico até um bom enfermeiro formado faz, da mesma forma que um fisioterapeuta muito bom consegue fazer o trabalho clínico de um ortopedista.

Dá pra ver que a discussão vai longe, mas se vocês foram contra os casos dos engenheiros e dos médicos acima, por que não apoiar a regulamentação do design? Por que ser contra? Existe o "falso médico", o "falso engenheiro", o "falso psicólogo" e existe o "falso designer" também. O trabalho fica reduzido a pintar quadrados ou a fazer arte. Gosto muito de arte, mas o grosso do design não é a "expressão do artista" e sim o planejamento, a comunicação, o conhecimento de marketing, psicologia, tudo realcionado ao trabalho diário voltado a uma mensagem de mercado.

O dia-a-dia (assim como algumas faculdades ruins) não te ensina o que você realmente deve saber, como deve saber e como ter pensamento crítico sobre o próprio trabalho. Claro que o profissional pode aprender tudo sozinho, mas ele precisa de alguém ao lado dele para ensinar o passo-a-passo, para criar âncoras de aprendizado para que ele alcance um nível de excelência ou pelo menos saiba onde e como procurar certos tipos de informação. Não pode virar um trabalho meramente artístico. Já experimentaram perguntar a um designer ruim o porquê das escolhas dele?  

Enfim... O texto tem que ser revisto e inclusive o programa das universidades refeito para ser tão difícil quanto um curso de engenharia ou medicina. A gente vai favorecer os formados, mas quem julga a competência dos formados, apenas o mercado? O que eu vejo mais por aí é designer formado mas ruim, e sobrinhos espertinhos que fazem um ótimo trabalho de Photoshop mas sem reflexão. Fica a polêmica. 

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Alexandre Lima (@xandrelima)
Interaction Designer & Information Architect

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Em 30 de maio de 2011 22:07, Érico Fileno <efileno AT gmail.com> escreveu:

"Diga não a regulamentação do Design"

Ass: Érico Fileno
Designer, Engenheiro, Psicólogo e Jornalista nas horas vagas!
@efileno

2011/5/30 Rodrigo Gonzatto <wolfovermelho AT gmail.com>

Saiu:

Diga não a reserva de mercado

Esse texto tem a intenção de melhorar o nível do debate entre os profissionais do desgin sobre o assunto, e apresentar um ponto de vista contrário a opinião majoritária. Se você concorda com alguns pontos então levante eles na próxima vez que discutir o assunto com colegas. Se discorda, por favor adoraria ouvir a sua opinião também.

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