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Subject: Arquitetura da Informao (em Portugus)
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- From: André Malheiro <andre.malheiro AT gmail.com>
- To: Arquitetura da Informação (em Português) <aifia-pt AT lists.ibiblio.org>
- Subject: Re: [AI] AI e Métodos Ágeis
- Date: Wed, 17 Mar 2010 01:25:42 -0300
fala, bernardo,
boa discussão. penso diferente em algumas coisas.
acho perfeitamente possível desenhar um wireframe sem definições completas. vi, em alguns casos, a própria elaboração de wireframes acabar fazendo parte da descoberta e detalhamento do escopo. e foi ótimo ter sido assim, pq acelerou a própria definição do escopo. nada como evidenciar ao invés de descrever.
concordo que é necessário ter uma visão das coisas para elaborar detalhamentos, mas de *visão* para *visão completa* vai uma distância grande. visões são, até onde entendo, necessariamente provisórias. visões são possibilidades, não o fim delas.
assim, acho perfeitamente saudável conceituar o projeto até o sprint final (e depois), até pq um produto vai sendo re-conceituado ao longo de toda sua vida útil. vide nossas redes sociais favoritas: o processo não para.
para seguir com as metáforas holísticas, algo que se desenvolve organicamente está sendo constantemente reelaborado. não tem o papo de que todas as moléculas do organismo são renovadas em alguns anos? vc segue sendo o bernardo, ainda que todos os seus componentes tenham mudado. as partes continuam constituindo o todo, de forma emergente.
é uma outra maneira de ver a questão =)
abraço!
2010/3/12 Bernardo Doré <berdore AT gmail.com>
Olá a todos.Acho muito difícil quebrar a conceituação de um projeto. Conceitua um pouquinho, segue o processo, depois conceitua mais um pouquinho. No meu entendimento isso não dá certo.Primeiro pq, concordando com o Gino, a abordagem que se deve adotar no momento da conceituação é holística. Geral, abrangente, inclusiva. Considera-se até o que porventura ficará fora do escopo. Retalhar esse processo vai contra essa abordagem. É fácil enxergar as partes a partir de um todo mas o inverso é muito mais difícil e arriscado.Consigo ver claramente a metodologia ágil sendo aplicada após a definição de escopo, na "fábrica", de acordo com o Bruno. Isso é peanuts, moleza.Se vc não tem uma visão completa do projeto, como projetar um wireframe por exemplo, com áreas de conteúdo indefinidas, que você não sabe o que irão comportar? Desperdício de energia e retrabalho, com certeza.O design é, em todas as suas áreas de aplicação, projetado de dentro para fora e não o inverso. Renato, eu não consigo imaginar a entrega de wireframes incompletos. Se seu wireframe está incompleto é porque existe indefinição de conteúdo. Em uma visão geral do projeto você está efetivamente dando um passo atrás sem eliminar nenhuma etapa. Seguindo a lógica você estaria conceituando o projeto até o sprint final. No way, man.Adotar uma metodologia de gerenciamento é super importante mas ela é um método, um caminho, uma forma de fazer. Penso que não devemos em hipótese alguma favorecer a metodologia em detrimento do projeto.Em um projeto de software vc conhece de antemão o produto final. Cada time faz sua parte, costura e voilá. Em UCD as etapas são mais interdependentes.abcsBernardo2010/3/12 Gino Rodrigues <ginorodrigues AT gmail.com>Fala Renato,
Concordo com seus questionamentos: como projetar de forma incremental
uma coisa que é percebida de forma holística?
Na minha opinião, vejo claramente o Agile como uma metodologia de
construção de software, e como tal, deve ser precedida de um esforço
de visualização em nível conceitual e estratégico, com foco no negócio
e no usuário. Isso foi bastante discutido num outro tópico do Agner,
sobre o entregável Estratégia de AI do urso polar.
Recentemente, utilizamos este documento no início de um projeto, e os
resultados foram ótimos. Com visão geral das abordagens, do impacto da
pesquisa, das limitações, do escopo de conteúdo/funcionalidades e das
brechas abertas para futura evolução, chegamos a um entendimento
compartilhado muito valioso.
Depois deste momento, acredito que Agile e o leque de UX podem ser
mais compatíveis, já que têm uma referência segura para se aprofundar
em suas próprias competências.
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