Arquitetura da Informação (em Português)

["Rodrigo G. Piris" <rodrigogpiris AT gmail.com>]

Puxa, muito bacana este tópico. :)

 

Hoje estou fazendo isso, juntando o útil e o agradável de AI com a camada de negócios, além de outras áreas como SEO, links patrocinados, parcerias, mídias sociais e gestão de projetos.

 

Sofro um pouco no quesito especialização, porque enquanto me preocupo em aprender mais da camada de negócios, menos tenho tempo para me atualizar em questões técnicas ou conceituais, o que acaba me levando a uma posição de mais como integrador, gestor e negociador.

 

Pelo que estou vendo, é bem provável que sempre terá espaço para o especialista em Arquitetura da Informação e para o profissional que entenda bem de AI e de negócios. Se tivesse me especializado mais em AI com toda certeza poderia ter ajudado mais a empresa neste quesito, o que me forçará com o tempo a procurar alguém que entenda mais do que eu para poder me dar uma mão.

 

Além de negócios, o AI poderia se mesclar com outras áreas como SEO, Usabilidade e IA, por exemplo. Não acho que vale a pena se tornar perfeito em uma, duas ou em todas especialidades, acho que está mais em ser adequado para a realização de um determinado projeto de uma equipe que tenha lá os seus integradores e seus especialistas. Se eu estiver em um projeto que me passe um papel de especialista e não o ser, poderei comprometer o resultado do mesmo, assim como se tivesse um papel de integrador, sendo um especialista poderia comprometer toda a equipe e o também o resultado do projeto. Isto é muito relativo, na qual a especialização ou a generalização vai valer à pena de acordo com o projeto ou operação em que você estiver trabalhando.

 

Talvez agora o mercado ainda não veja neste prisma, mas acredito que esta é uma tendência. Certo?

 

Abraços.

Rodrigo Gabriel Piris

Analista de Planejamento

http://www.twitter.com/rodrigogpiris

 

De: aifia-pt-bounces AT lists.ibiblio.org [mailto:aifia-pt-bounces AT lists.ibiblio.org] Em nome de ale nahra
Enviada em: terça-feira, 1 de dezembro de 2009 10:08
Para: Arquitetura da Informação (em Português)
Assunto: [AI] Relatório Estratégico de AI

 

Legal teu relato, Feliphe. Acho que às vezes os profissionais de AI/UX focam muito na experiência do usuário mesmo, em detrimento do negócio do cliente. Tão importante quanto fazer pesquisa com usuários, testes de usabilidade e uma interface perfeita, é entender de verdade o negócio da empresa para a qual estamos criando o site/intranet etc. Senão, corre-se o risco de fazer aquele site lindo e super usável e impecável do ponto de vista da interface, mas desconectado com o negócio e cheio de funcionalidades que não vão ser usadas. Principalmente no caso de intranets.

Com exemplos como esse dá pra perceber que AI/UX não pode ser apenas a "casquinha" exterior, que pra fazer um projeto realmente alinhado à estratégia do negócio há que se levar em consideração uma série de coisas que a princípio não são do âmbito do design - como gerenciamento de mudanças, sensibilização, identificação de cultura da empresa etc.

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Message: 3
Date: Tue, 1 Dec 2009 08:57:54 -0200
From: Feliphe Lavor <feliphelavor AT gmail.com>
Subject: Re: [AI] Relatório Estratégico de AI
To: Arquitetura da Informação (em Português)
       <aifia-pt AT lists.ibiblio.org>
Message-ID:
       <333f9aa40912010257r327e6a39yfabf5b688ebaa8b4 AT mail.gmail.com">333f9aa40912010257r327e6a39yfabf5b688ebaa8b4 AT mail.gmail.com>
Content-Type: text/plain; charset="windows-1252"

Pessoal,

Apresentei um estudo de caso no Interaction nesse final de semana que passou
próximo desse tema. Resumindo, o nosso cliente queria que mapeássemos uma
Arquitetura de Informação macro para toda a empresa, que fosse diretriz para
o planejamento estratégico da organização. Muito interessante a idéia, mas
ao mapearmos os riscos do projeto vimos que havia um excesso de informação e
muitas sub-culturas antagônicas dentro da empresa. Se não lidássemos com
esses pontos seria difícil elaborar uma AI que atendesse aos diversos
modelos mentais existentes no cliente. Para evitar isso decidimos fazer todo
o processo de levantamento do projeto representando o negócio através de
infográficos, até chegar na cadeia de valor que orientou a arquitetura
proposta. Graças a esse processo tudo correu bem, e esse infográfico acabou
sendo um dos entregáveis mais importantes do projeto. Para quem se
interessar a apresentação do interaction está aqui:
http://tinyurl.com/ycaq344.

Vocês podem ver que falamos de coisas como planejamento estratégico,
culturas organizacionais, identificação de riscos de projeto e cadeia de
valor. Talvez esses não sejam termos muito habituais em projetos de AI, mas
é a língua que o cliente (principalmente corporativo) fala. Não mapeamos
nenhum processo, apenas organizamos a informação que já existia de forma que
ficasse amigável para o cliente e para nós mesmos.

Pensei que fosse interessar ao pessoal do congresso, mas quando acabei de
falar ficou um silêncio na sala que quase dava para escutar as moscas :) Até
que o amigo Carlos Gustavo (valeu Carlos!) tentou dar uma ajuda e fez uma
pergunta. Mas não foi suficiente, o pessoal não se animou. Fiquei pensando
que apresentação tinha sido horrível.

Depois pensei melhor e - não excluindo a possibilidade da apresentação
realmente ter sido ruim :) - achei que talvez esses tópicos não fizessem
parte da realidade de trabalho das pessoas que estavam ali. Talvez a gente
fique falando muito de ?educar o cliente?, ?educar o mercado?, mas nós
mesmos não estamos estudando a teoria organizacional gerencial, nos
restringindo demais às próprias teorias de AI. Nada contra, acho fundamental
esse estudo, mas talvez seja mais fácil mostrar a importância ?estratégica?
de Arquitetura de Informação para o mercado se entendermos melhor o que de
fato significa estratégia na perspectiva do cliente, e não apenas da nossa.

Bom... só para alimentar a discussão :)

Abraços,
Feliphe

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Alessandra Nahra Leal
@alenahra
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