Skip to Content.
Sympa Menu

aifia-pt - Re: [AI] RES: Sobre o foco no usuário

aifia-pt AT lists.ibiblio.org

Subject: Arquitetura da Informação (em Português)

List archive

Chronological Thread  
  • From: Gil Barros <gil.barros AT formato.com.br>
  • To: "Arquitetura da Informação (em Português)" <aifia-pt AT lists.ibiblio.org>
  • Subject: Re: [AI] RES: Sobre o foco no usuário
  • Date: Tue, 13 Nov 2007 19:37:44 -0200

Caros,

Respondendo um tanto atrasado, acho que esta questão de "foco no usuário" é
muito importante para o assunto ter parado onde parou. (Valeu Andressa por ter
levantado esta bola.)

Quando falo "foco no usuário" estou me referindo à design centrado no usuário,
ou seja UCD (user centered design) lá fora. Neste viés, foco no usuário
significa que tenho algum tipo de informação real sobre os usuários que
utilizam
o artefato que estou projetando.

Pode ser informação direta (observação, teste) ou indireta (alguém que conhece
os usuários me contou como eles são), mas é informação de verdade sobre os
usuários. Ter apenas um profissional "preocupado" com o usuário, não é foco no
usuário. Podemos chamar isto de "preocupação no usuário", mas se não tenho
informações de fato sobre o meu usuário sou obrigado à fazer uma série de
suposições e hipóteses para balizar minhas decisões, que podem estar
completamente erradas. Isto _não_é_ foco no usuário.

O quão real e significativa é esta informação realmente é um problema que não
está bem resolvido. Para mim, saber resolução de monitor e velocidade de
comunicação não "vale" como "foco no usuário", é genérico demais. Quando
começo
a ter informações sobre tarefas mais comuns, tipos de usuários, etc., fica
mais
interessante. Quando consigo montar perfis de ususários, daí sim acho que o
projeto passa a ser com foco no usuário.

Como a Elisa falou, se estou projetando algo que faz parte do meu "mundo" não
preciso usar técnicas com "foco no usuário", basta eu projetar, pois eu tenho
uma visão bem próxima do que é este usuário. Mas quando tenho que projetar
para
um usuário cujo modelo mental eu desconheço, ah, então não vejo outra coisa a
fazer.

[],
Gil.


Elisa Volpato (Arquitetura - SP) escreveu (25.10.07 14:50):
> Marcelo,
>
> Não entendi a sua dúvida. Você acha que as pessoas da lista usam clichês
> demais e que, por isso, a discussão não evolui?
> Concordo que não vale a pena utilizar um conceito se ele for vazio, mas
> também não acho que é o caso de prescindir dos conceitos que são
> importantes em nossa área, certo? :)
>
> Mas respondi aqui (tá, eu quase nunca respondo) foi para dizer que
> concordo muito com a Andressa e com outras pessoas que estão neste
> thread. Já trabalhei só com testes, e agora que migrei para a
> arquitetura sinto muita falta de ter contato direto com usuários, com a
> gente que realmente vai usar o site que estou fazendo. Principalmente
> quanto o produto com o qual estou trabalhando não faz parte do meu
> mundinho.
>
> É assim: eu sou uma usuária experiente de sites de comparação de preços,
> de coisinhas de dona-de-casa e de internet banking. Mas não faço idéia
> do que é importante em sites de carro, por exemplo. Por um lado, o
> distanciamento é bom, porque me força a aprender sobre o assunto. Por
> outro, sinto que é necessário tomar cuidado redobrado para não
> reproduzir meus preconceitos sobre o assunto no trabalho que vou fazer.
> A cor do estofamento seria um fator muito importante para mim, mas será
> que é para todo mundo? Daí eu faço um benchmark. Mas será que os
> exemplos da concorrência são mesmo bons? Será que não estão todos
> viciados num modelo que não faz sentido para quem vai usar o site? É aí
> que sinto muita falta de pesquisa.
>
>
> Beijos para todos. Menos para o Cassiano.
>
> Elisa Volpato
> Criação - Arquitetura de informação
> 55 11 3759.3751
> elisa.volpato AT agenciaclick.com.br <mailto:elisa.volpato AT agenciaclick.com.br>





Archive powered by MHonArc 2.6.24.

Top of Page