Arquitetura da Informação (em Português)

["Juliana Gaiba" <julianagaiba AT gmail.com>]

Olá Jane,

Achei muito legal você ter mencionado o limiar da criatividade do Designer. Isso me deixou curiosa ao assistir o vídeo com a entrevista do UXE da Microsoft. Acredito que ele seja mais um designer (?) do que um arquiteto de informação, mas ele também é responsável pela prototipação, então não ficou muito claro... Talvez seja mais um componente pra discussão sobre o papel do AI, do UXD, do UXE, etc, etc, etc! :) 

Sobre a parte de especificação, na sua equipe é possível mantê-la do início ao fim do projeto? 


[]'s

On 10/23/07, Jane Vita Novo <jane.vita AT gmail.com> wrote:

Olá Juliana;

Com os wireframes podemos aprimorar a WBS de um projeto e no "plano do projeto" podemos inserir todas as especificações técnicas e funcionais.

Para o cliente não devemos chegar nesse nível de detalhamento e sim para a equipe. Precisa apenas ver se para a equipe é necessário detalhar tanto, pois estamos atingindo um limiar importante que é a criatividade do Designer.

No meu ponto de vista tudo que é especificado deve se tornar regra em um projeto e também não podemos esquecer que depois que o design estiver pronto deve-se ter mais etapas de usabilidade, interação, testes num geral, para garantir que o projeto seja bem sucedido.

Abraços!
Jane Vita

On 10/23/07, Juliana Gaiba < julianagaiba AT gmail.com> wrote:

Olá Fábio,

Acredito que wireframes podem compor um protótipo navegável. Você pode simular uma interação através deles, seja colocando-os numa ordem que simule a navegação de um usuário, seja inserindo códigos de programação. Tanto o Visio quanto o Axure e até mesmo o PowerPoint proporcionam isso de forma rápida e fácil e acredito que o assunto já tenha sido razoavelmente discutido aqui na lista :)

Wireframe, como você mesmo disse, pode ser um rabisco rápido. Apesar disso, nada impede que apresente diferentes níveis de "abstração". Ele pode ser um rascunho feito a lápis numa folha de sulfite, assim como pode conter elementos gráficos –não sei se você foi ao EBAI, mas a Plena Consultoria apresentou um wireframe que era muito parecido com o layout final de um site. Tudo depende do propósito e do projeto e do prazo e do seu cliente. Existem os puristas, que acham que o wireframe não deve conter nada "decorativo", assim como tem gente que discorda disso. Eu acredito no bom senso.

Voltando ao dilema "protótipo x wireframe", pela minha experiência te garanto que muitas empresas sentem necessidade sim de experimentar um sistema em fase de wireframe e pra isso criam protótipos navegáveis baseados neles (nos wireframes). Posso dizer também que isso não é raro. Quando a navegação/interação é essencial, é muito mais prático testar isso com os códigos gerados quase que por "drag and drop" desses programas do que programar tudo e ver que tem um furo no meio do processo nessa fase. Talvez por você trabalhar com programação em cima de um PDF sua visão seja de um processo mais complexo, mas, repetindo o que já disse, alguns programas permitem que isso seja feito de forma rápida e facilmente atualizável caso haja alguma alteração.

Quanto a RIA, minha dúvida é qual a melhor forma de prototipar (aqui, leia criar uma seqüência navegável de páginas que sejam apenas estudos de uma interface, ou wireframes) transições e interações mais complexas. Sinto que os wireframes ainda não transmitem exatamente o que esse tipo de aplicação envolve –daí a minha questão, de saber se alguém aqui está trabalhando em algo desse tipo e que também tenha essa sensação. Quero saber se as pessoas que trabalham com isso investem mais pesado em especificações (nesse caso, se elas são efetivas ou não) e em novas metodologias.   

[]'s

On 10/23/07, Fabio Palamedi < fabio.palamedi AT gmail.com> wrote:

oi Juliana =)

Bom, eu perguntei isso, porque eu tenho uma visão diferente de protótipo navegavel. Talvez porque sempre trabalhei dessa forma, e por isso e uma observação muito pessoal, mas quando penso em protótipo, estou pensando em uma interface ja navegavel, com links, menus e interações e um conjunto de ferramentas ja funcionais.

O que eu acredito que não seja o objetivo de um wireframe. Entendo que wireframe, é um rabisco rapido, de facil alteração e manutenção. O que posso dizer ser diferente de um protótipo ja navegavel.
Não sei realmente, se vale a pena ir direto para a prototipação, mesmo porque, em muitas casas, o wireframe é um entregável, passivel de aprovação do cliente ou não, e tudo isso, para evitar re-trabalhos desnecessários. Em trabalhos mais sofisticados, podemos ter um trabalho a mais, mas, quando o entendimento do cliente esta em jogo. Por exemplo: depois de 3 ou 4 versões apresentadas pelo cliente, aparentemente voce ja esta com tudo aprovado, faltando alguns ajustes e uma apresentação final. Nesse caso, vale a pena pegar o wireframe, exportar em pdf, e utilizar os comandos do Adobe Acrobat, onde voce pode inserir componentes que simulam a interação de  RIA, mas isso, só em casos muito, mas muito especificos mesmo.

Então como trabalhar com RIA ?
Ué, como sempre trabalhamos. Criamos o wireframe, é ou simulamos a interação em algumas telas ou especificamos detalhadamente no documento, o comportamento de tal funcionalidade. Alem disso, eu acredito que é desnecessário =) .
Mas, cada caso é um caso. =)

Espero que tenha jogado uma "luz" sobre o assunto...rs
[],s

Em 22/10/07, Juliana Gaiba < julianagaiba AT gmail.com> escreveu:

Oi Fábio!

Eu estou considerando "protótipo" como uma interface na fase de projeto sendo especificada, feita de wireframes.

On 10/22/07, Fabio Palamedi <fabio.palamedi AT gmail.com> wrote:

Ola Juliana.

Não entendi a relação "protótipo de interface" com "wireframes". O que voce considera um protótipo?

=)

[],s
Fabio Palamedi

Em 22/10/07, Juliana Gaiba <julianagaiba AT gmail.com> escreveu:

Pra quem trabalha com prototipação de aplicações ricas, vi numa outra lista de discussão uma rápida entrevista com Shane Morris, UXE da Microsoft.

http://blogs.msdn.com/renedepaula/archive/2007/10/17/entrevista-prototipando-aplicacoes-interativas-ricas.aspx 

 

Ele diz que é relativamente simples prototipar uma interface mais linear, usando wireframes e sitemaps. O "bicho pega" quando a interface não é estática. Como descrever transições, animações, interações mais complexas e fazer a especificação disso tudo? Concordo com ele nesse ponto e ainda não cheguei a uma conclusão sobre a aplicação e a eficiência desse tipo de prototipação como é feito hoje, assim como se isso depende ou independe da ferramenta que utilizamos.

Alguém aí tem prototipado RIA e pode jogar uma luz sobre o assunto?


[]'s,

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Juliana Gaiba
(11) 9494-0011

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