Arquitetura da Informação (em Português)

[Irapuan Martinez <ira AT hypergraph.com.br>]

At 17:00 13/9/2004 -0300, Alexandre Castro e Silva - Usability wrote:
> E sabe quem eles vão escolher? O Exchange. E por um motivo simples: 
> Usabilidade. Concluíram que o Collaboration Suite tem todas as vantagens, 
> menos a essencial: só os engenheiros da empresa vão conseguir usar. A 
> Microsoft tem lá seus problemas, mas não é a empresa que mais investe em 
> Usabilidade no mundo à toa. E a Usabilidade, ao contrário do crime, compensa.

Usabilidade é relativo. Não creio ser errado confundir usabilidade com 
intuitividade. Logo, a intuitividade pode brotar de três lugares:

1) Semelhança da interface com algo que o usuário já tenha familiaridade
2) Indicação precisa da função dos elementos
3) Clarividência

Bom, vamos excluir este terceiro. Sobra dois. O primeiro, diz respeito a 
padronização de elementos. O segundo, a simplificação ou a boa documentação.

Quando vou usar Gnome ou KDE, apanho com frequência. Essas interfaces não 
são usáveis ou sou eu que estou bitolado no Windows? Afinal, minha longa 
experiência prévia com uma ferramenta diferente bitola minha familiaridade.

Logo, a experiência prévia do usuário influencia o que é usável ou não. 
Como o Windows monopoliza o mercado, de certa forma ele acaba definindo um 
padrão de interface que o mercado se habitua. Qualquer coisa diferente, por 
mais simples e intuitiva que seja, por ser diferente irá eventualmente 
complicar.

Há um estudo (http://www.relevantive.de/Linux-Usabilitystudy_e.html) que 
diz que num universo de usuários sem experiência prévia, o Linux KDE se 
saiu tão bem quando o Windows XP, em testes de usabilidade. Veja bem, o 
universo eram de pessoas sem experiência prévia com nenhuma das interfaces. 
Neste ambiente "asséptico", o KDE deu provas que é usável.

Logo, as ferramentas da Microsoft são de fato mais usáveis ou a empresa 
estabeleceu um padrão de interface?