Arquitetura da Informação (em Português)

[Daniel Gotilla <dgg AT gotilla.com.br>]

Foi publicada na edição de junho da revista Info Exame uma entrevista concedida por Steve Ballmer, CEO da Microsoft, a Maurício Grego, editor sênior da revista. Na entrevista, duas perguntas me chamaram a atenção:

Info Exame> Cite três tecnologias que vão explodir nos próximos três anos:
Steve Ballmer> Para começar, vídeo digital. Eu também incluiria comunicação em tempo real — mensagens instâneas, voz e reunião online — como uma área importante. E diria, ainda, organização, classificação e busca de informações.

Info> Como a organização de informações vai evoluir?
Ballmer> Os serviços de busca na web são impressionantes. Mesmo assim, acho que muita gente não consegue encontrar o que procura na internet, nem na rede corporativa e, às vezes, nem no disco rígido do seu próprio PC. Vejamos o caso de fotos. Eu tenho milhares de fotos digitais em casa, todas arquivadas sob o tema "férias". Mas o que eu quero é ver todas as fotos do meu filho quando ele tinha determinada idade. Quero fazer isso rapidamente e no meu PC principal. Temos três PCs na nossa casa, e certas fotos estão em máquinas diferentes. Eu quero descrever uma foto ou um vídeo e encontrá-los num instante. Há muitos cenários como esse a que nós vamos atender com o Windows Longhorn, seja no PC, seja na rede corporativa ou na internet.

O Longhorn já teve sua data de lançamento adiada tantas vezes que muitos analistas do setor tecnológico prevêem sua chegada ao mercado para "algum momento da segunda metade desta década". E já se fala que o mecanismo de busca de informação dentro de arquivos (solução para o problema descrito acima por Ballmer), chamado de WinFS, pode ter que ser simplificado para poder ser incluído no Longhorn, sendo lançado na íntegra somente na próxima versão do Windows, codinome Blackcomb, prevista pela Microsoft para 2009. Sabe-se também que a Microsoft está desenvolvendo uma ferramenta de busca online para seu portal MSN que vems sendo apelidado por alguns como "Google killer". De qualquer maneira, está claro que a Microsoft está bastante atenta à questão da "organização, classificação e busca de informação".

Só se discute até o momento soluções puramente tecnológicas. Até que ponto estes mecanismos tecnológicos de indexação de informação vão conseguir substituir o trabalho humano de classificação?

O quê que vocês acham?

Abraços,

Daniel Gotilla