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aifia-pt - Re: [AI] Livro - Flow - Psychology Of Optimal Experience

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Subject: Arquitetura da Informação (em Português)

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Chronological Thread  
  • From: André Malheiro <andre.malheiro AT gmail.com>
  • To: Arquitetura da Informação (em Português) <aifia-pt AT lists.ibiblio.org>
  • Subject: Re: [AI] Livro - Flow - Psychology Of Optimal Experience
  • Date: Tue, 10 May 2011 17:37:33 -0300

o dr. C, como bem simplificou o fred, causou uma certa onda com o seu livro flow quando foi lançado lá no início dos anos 90. ele promove uma abordagem da psicologia chamada de psicologia positiva. a idéia é usar o conhecimento da psicologia para otimizar a experiência psicológica ao invés de agir somente quando há alguma espécie de disfunção.

ele vem sendo citado há um tempo para falar de experiência na interação. a citação mais remota que eu conheço é já na primeira edição do livro do alan cooper, que o agner bem colocou, quando o livro ainda se chamava de "the essentials of user interface design". mas isso veio à tona mesmo com a citação no livro do don norman, design emocional. e como tudo que o don norman fala tem um holofote danado (com méritos mas tb com exageros), o dr. C caiu nas graças do povo. tem um vídeo recente dele no TED, em que ele explica até qual é a motivação dele para a psicologia positiva. dêem uma olhada.

o que me causa um certo estranhamento é que hoje se fala em flow como se fosse sinônimo de experiência. ou melhor, como se fosse a única ou principal qualidade que se deseja buscar na experiência. e essa eu acho uma visão bastante limitada. é, certamente, uma qualidade desejável em uma determinada gama de experiências. mas dito assim, de uma forma abstrata, o fluxo (ou flow) parece o cálice sagrado, 

mas a teoria, concordando ou não, é algo bem mais objetivo do que isso: é uma relação entre as aptidões (skills) e a atividade ("tarefa" é meio funcionalista) em que o sujeito (tá, usuário) está envolvido. isso o jared spool e o jef raskin disseram de outra maneira: "intuitive equals familiar". o que se chama de intuitivo acaba sendo algo que ou já sabemos fazer ou é fácil de aprender com as aptidões que já temos. e isso dá um enorme pano pra mil mangas que não vêm ao caso agora.

fechando a questão inicial: isso tem uma relação com usabilidade, no que se trata de adequar atividade a aptidões. mas resumir a questão da experiência a essa qualidade do fluxo acaba limitando muito a conversa. o jonas löwgren, que esteve no último interaction south america, tem uma bela pesquisas sobre qualidades de experiência que amplia o espaço de discussão da questão.



2011/5/10 Gino Rodrigues <ginorodrigues AT gmail.com>
Ricardo, não li Csikszentmihalyi, mas acredito que você esteja equivocado.

O Google Books diz que ela fala sim e bastante sobre "alegria", não houve necessidade de inferências. O tópico Effects of enjoyment se inicia na página 167 do livro em discussão, e vai longe.

Quanto à "
consciência em fusão com os atos", segundo a Wikipedia, trata-se da tradução do 10º (algumas fontes dizem 9) dos componentes do fluxo, "action awareness merging", identificados pela própria Csikszentmihalyi.

De qualquer forma, acho que uma visão do fluxo focada apenas uma área é evidentemente restritiva - o fluxo está ligado a excelência do ser humano em qualquer atividade em que ele está imerso, e isso realmente não tem limites, não acha?


Em 10 de maio de 2011 16:30, Ricardo Couto <couto.ricardo AT gmail.com> escreveu:


só uma pequena consideração..

Csikszentmihalyi não trata de "alegria" nem "êxtase"..
são inferências da publicação dele, que eu tomaria muito cuidado em aceitar como verdades.

uma situação onde você esteja num trabalho complexo, virando a noite pra finalizar porque a entrega está próxima pode ser, dependendo de outras circunstâncias, caracterizado como em estado de fluxo. mas duvido que alguém considere isso um estado de êxtase (ok, existem os workaholics).. :\
e falar em consciência e ainda dizer que esta está em fusão com os atos é algo, no mínimo, discutível..

o flow se aplica bem ao pensar em games ou experiência imersivas de fato.. a maioria das coisas que fazemos (alguém aí trabalha com games de verdade?) não chega nem perto dessa situação.



2011/5/10 Gino Rodrigues <ginorodrigues AT gmail.com>
Daniel Goleman também aborda o fluxo em Inteligência Emocional, final do Cap 6 "A Aptidão Mestra".

Os tópicos são:
- "Fluxo: A neurobiologia da excelência"
- "Aprendizado e fluxo, um novo conceito para a educação"

"Fluir é uma experiência gloriosa: o sinal característico do fluxo é uma sensação de alegria espontânea, e mesmo de êxtase. Por ser tão bom, é intrinsicamente compensador. É um estado em que as pessoas ficam absolutamente absortas no que estão fazendo, dando atenção exclusivamente à tarefa, a consciência em fusão com os atos. Na verdade, pensar demais no que está acontecendo causa interrupção no fluxo - até a idéia 'Como estou fazendo isso maravilhosamente' pode interromper o fluxo. A atenção fica tão concentrada que as pessoas só têm consciência da estreita gama de percepção relacionada com o que estão fazendo, perdendo a noção de tempo e espaço."

É um de meus tópicos favoritos no livro  =]


Em 10 de maio de 2011 08:09, Luiz Agner <luizagner AT gmail.com> escreveu:

O Alan Cooper cita Mihaly e utiliza o conceito de Flow no capítulo 10 do seu livro "About Face 3 - The Essentials of Interaction Design".

Atenciosamente,
Agner

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Luiz Agner

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística / IBGE
UniverCidade  -  Escola de Desenho Industrial

Blog:  http://www.agner.com.br

Conheça o livro:
"Ergodesign e Arquitetura de Informação: Trabalhando com o Usuário"
Ed. Quartet, 2006  -  ISBN: 858569680X
Disponível nos sites das livrarias: Museu da República, Saraiva,
Submarino, Ed. Quartet, 2AB e Cultura
http://www.univercidade.br/iav/professores_agner.htm
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Em 10 de maio de 2011 05:22, Frederick van Amstel <usabilidoido AT gmail.com> escreveu:

O livro não está diretamente ligado à Usabilidade. É mais sobre pesquisas de um psicólogo sobre o que traz felicidade para as pessoas. O Felipe Memória fez uma ponte entre as idéias do Dr. C. e a Experiência do Usuário no último capítulo do livro Design para a Internet.

A gente usou o conceito de Flow para projetar um game de treinamento em manutenção de elevadores aqui no Instituto Faber-Ludens. Aqui descreve em detalhes: http://www.faberludens.com.br/pt-br/node/383


Em 9 de maio de 2011 21:51, Fábio Augusto <fabioaugustouber AT gmail.com> escreveu:
Boa Tarde lista.

Alguem ja leu este livro? Estou buscando referências cientificas sobre usabilidade e encontrei este titulo. Se tiver alguem que estuda o assunto agradeço a contribuição.

Livro: Flow: The psychology of optimum experience - Mihaly Czikszentmihalyi



Att
Fábio Augusto

Design Management

MSN:     fabioaugusto_10 AT hotmail.com
Skype:  fabiogustu
Cel.      +55 (34) 9169-6021
Portifólio: http://www.coroflot.com/arquerival


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