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aifia-pt - Re: [AI] CMS e AI

aifia-pt AT lists.ibiblio.org

Subject: Arquitetura da Informação (em Português)

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Chronological Thread  
  • From: Juliano Vasconcellos <julianovasconcellos AT gmail.com>
  • To: Arquitetura da Informação (em Português) <aifia-pt AT lists.ibiblio.org>
  • Subject: Re: [AI] CMS e AI
  • Date: Thu, 15 Apr 2010 13:57:10 -0400

Legal as dicas pessoal,

Edno muito bom seu relato detalhado, muito obrigado.

Aqui no MPAM eles trabalhavam antes com o Plone, mas não tiveram muito sucesso. Creio que pela dificuldade de trabalhar com Python e o Zope e quem trabalhava nele era um analista de sistemas, então  interface não é a praia dele e os passos para o usuário final ficavam muito complexos.

Com a minha chegada, ja estava definido que iriam mudar para o Joomla, na época tive pouco tempo para poder pesquisar outro CMS, cheguei até a pensar em WordPress, mas o que eu estava gostando bastante era o Drupal. O Drupal tem um estilo bem parecido com o Plone no sentido de que o conteúdo eh administrado no FrontEnd, na época gostei bastante dele mas segui com o Joomla.

Agora quero reformular a AI e uma das dificuldades que vejo é essa de restringir o usuário por grupos específicos... Isso no Joomla não eh nativo como no Plone e acho que no Drupal tb eh.

Fora que aqui no MP sou o responsável pelo portal, então fica tudo nas minhas mãos, sei que no Serpro a estrutura eh bem maior e permite um trabalho mais complexo.



Em 15 de abril de 2010 12:36, Edno de Freitas Junior <edno.freitas AT serpro.gov.br> escreveu:

Juliano,

 

Aqui no SERPRO utilizamos o Plone como CMS padrão já há muito tempo. Começamos o uso em 2003 internamente e, agora, atendemos os clientes externos e internos sempre com base no PZP (python, zope e plone). A experiência tem sido ótima e, pela filosofia de trabalho nossa, até hoje não tivemos muitos problemas em termos de prejuízo da AI por parte dos usuários conteudistas.

 

Normalmente, quando fechamos o layout do site (logo após estabelecer a estrutura de navegação e fazer o levantamento de requisitos junto ao cliente) já deixamos bem claro para os usuários o nível de "alterações" que será possível. Na grande maioria, a única alteração em layout que se faz é acrescentar novos itens aos menus. Por exemplo, se há um menu cujo primeiro nível é Insticional e a especificação inicial era de ter ali, em segundo nível, Histórico, Organograma e Quem Somos, e, durante o levantamento de requisitos o cliente deixa claro que ali poderá haver a inclusão de novos itens (algo que, sei por experiência, pode por todo um trabalho de AI a perder, mas que é uma exigência quase constante nos requisitos dos clientes), já deixamos para ele a possibilidade e avisamos da forma correta de incluir sem prejudicar a usabilidade. Isso é feito em treinamentos de publicação de conteúdo e sempre há um manual de publicação que é entregue aos conteudistas.

 

Um aspecto que nós sempre ressaltamos junto a eles, é a questão de organização de itens nas pastas corretas, além de uso de nomenclaturas que sejam objetivas e não-redundantes. Outro aspecto é que, em nível macro, nós nunca damos a possibilidade de que eles alterem o nível 1 dos menus, deixando isso bem amarrado. Assim eles se contentam em não ficar acrescentando, por exemplo, novas caixas de menu à página, ou novos itens junto a menus horizontais, ou ainda uma quantidade de banners maior do que o permitido. Desde que começamos a fazer esse trabalho de orientação, foram raras as vezes em que tivemos problemas de quebra da estrutura de navegação.

 

Assim, nós jogamos a eles a responsabilidade da manutenção desses conteúdos e da importância de se fazer um serviço decente, sempre ressaltando padrões de usabilidade e acessibilidade. Se você está pensando que nossos clientes são mais evoluídos e que já tem uma cultura em relação a esses conceitos está bem enganado: nós "forçamos" eles a entender isso e até usamos, às vezes, argumentos mais pesados do tipo "se a coisa não for feita da forma correta, vocês serão responsabilizados por isso" ou até restringindo a quantidade de novos itens que podem ser incluídos além dos originais. Tanto que, por conta de alguns usuários mais, digamos assim, teimosos, tivemos que retirar a possibilidade de exclusão de conteúdos dentro de alguns sites. Você que já conhece de Plone, sabe que para impedir que um conteúdo esteja visível na navegação, basta despublicá-lo ao invés de precisar apagá-lo.

 

A razão de permitirmos que os usuários, em alguns casos, possam acrescentar novos itens aos níveis inferiores ao nível 1 dos menus de navegação, se dá pelo fato de que, nunca, nunca, NUNCA, eles conseguem decidir durante o processo de trabalho na AI toda a estrutura. Por mais que façamos reuniões, pesquisas, wireframes e etc, sempre eles aparecem com alguma novidade que "haviam esquecido de mencionar" ou "que o superior da área está exigindo que apareça" ou ainda "que não havia necessidade anteriormente".

 

Sobre a criação de perfis diferenciados, as duas únicas utilizações que temos são no quesito comunicação, conteúdista e revisor, e em contextos onde áreas específicas de conteúdo só poderão ser geridas por grupos especificos. No mais, quase sempre, os conteúdistas tem tido o mesmo nível de permissão.

 

Grande abraço,

Edno


Em 15/04/2010 às 11:48 horas, aifia-pt AT lists.ibiblio.org escreveu:

Fala Juliano,

cara, o usuário leigo vai inevitavelmente fazer besteira. Ele já consegue quebrar o layout apenas incluindo conteúdo textual e imagens, imagina dar a ele liberdade de criar novos ramos na estrutura.

Eu enxergo dois perfis de usuário diferentes aí: um com permissão de inclusão de conteúdo e outro com autonomia para alterar a estrutura do site. E essa alteração, teoricamente, não deve acontecer com muita freqüencia.

Em todos os projetos que trabalhei tivemos profissionais diferentes em cada função, com sucesso. O contrário é o jeito old skool.

abcs

Bernardo

2010/4/14 Juliano Vasconcellos <julianovasconcellos AT gmail.com>
No caso estou usando Joomla e minha idéia é restringir bastante os usuários com relação a criação de nova estrutura. Aquela história, todo mundo sempre tem uma grande idéia pra colocar na internet hehe e sempre quer destaque.

Antes nosso portal era em Plone, agora com o Joomla para controlar esses usuários preciso de um componente, creio que vou usar esse Community Builder.

Muito interessante sua experiência.

Em 14 de abril de 2010 15:13, Gino Rodrigues <ginorodrigues AT gmail.com> escreveu:

Fala Juliano,

Em geral, quanto mais vc estruturar o conteúdo e o fluxo de trabalho
de inserção, menos será possível "bagunçá-lo". E isso é bem compatível
com o funcionamento de CMS´s como o Drupal, totalmente bottom-up, um
trabalho que começa pelos metadados.

Por exemplo, já participei de um projeto de e-commerce em que um dos
"requisitos" era "cadastrar faceta" (junto com os desdobramentos
buscar, alterar e excluir). Foi bastante demorado esclarecer que
haveria problemas, e quem conhece de classificação facetada sabe o
porquê. Infelizmente não posso contar o final da história, porque não
continuei na empresa e o projeto ainda não foi ao ar.

Mas vc pode especificar um pouco mais a tua necessidade?


Em 14 de abril de 2010 00:11, Juliano Vasconcellos
<julianovasconcellos AT gmail.com> escreveu:
> Pessoal gostaria de lançar a questão do CMS e AI, um dos problemas é que
> muitos dos que publicam conteúdo não são especialistas na área e acabam por
> bagunçar a AI. Neste caso a solução que penso seria o usuário ter limitações
> para trabalhar com a estrutura, mas isso acaba burocratizando um pouco as
> coisas.
>
> Gostaria de abrir essa questão e também saber de experiências de internet e
> intranets de vcs e como solucionaram.
>
> --
> Att,
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> Juliano Vasconcellos,
> www.julianovasconcellos.com
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