Arquitetura da Informação (em Português)

["Thiago Franco" <topfranco AT gmail.com>]

Interessantes observações, Fred e Ricardo.

Um Cenário de 4 parágrafos certamente vai retratar a experiência de uma forma mais abragente do que uma linha com 4 colunas no Excel. Mas talvez não devêssemos observar essa discussão de uma maneira "SSNiF versus narrativa"; e sim como a duas técnicas que tem funções diferentes, mas um objetivo em comum. Eu não tenho experiência com Cenários, portanto minha visão pode estar um pouco limitada para essa discussão. Mas me parece que a SSNiF seja útil como um ponto de partida, antes de chegar a uma narrativa complexa como a que o Ricardo descreveu. Talvez, se forem combinadas, as duas técnicas possam gerar um resultado mais rico.

Esse raciocínio seria representado assim:

Cenário = SNNiF + Narrativa

Acho que essa combinação deveria funcionar de uma forma recíproca e não seqüencial. Para evitar os efeitos do "engessamento", você faria  modificações repetidas vezes para refinar o Cenário final. Assim, a SSNiF te daria idéias para a narrativa, que depois de escrita te ajudaria a definir novamente a SSNiF. (Mais uma vez, eu não tenho experiência com Cenários, portanto posso estar deixando de lado diversos fatores aqui, como por exemplo tempo para execução).

Além disso, a SSNiF (ou qualquer outra técnica com essa função) pode ser uma forma de explicar o seu Cenário com poucas palavras. Designers e desenvolvedores provavelmente estarão interessados nos detalhes da narrativa. Mas para outros membros da equipe, como gerentes que tem pouco tempo para ler deliverables, um Cenário resumido pode ser suficiente para se ter uma impressão do que está acontencendo. Nesse sentido, o verbo "decupar" que o Ricardo utilizou caiu muito bem.

Como o Fred disse, a SSNiF é uma formalização do processo. Parece que sem essa etapa de colocar as idéias nos trilhos, os Cenários fiquem mais vulneráveis a hipóteses (quando deveriam ser fundamentados em fatos). Idéias que fazem sentido na cabeça dos designers nem sempre fazem sentido no monitor dos usuários. 

Em relação ao nome, eu também achei engracado quando li SSNiF pela primeira vez. Mas depois acabei gostando da metáfora. Segundo o autor, num novo projeto temos que "cheirar" (sniff) o assunto para entendê-lo melhor, como um cão que cheira um território estranho antes de se mostrar à vontade.

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Thiago